Desejo (A Determinação I)

Desejo

Tudo que desejo é liberdade!

De ir, quando for necessário partir.

De vir, quando houver vontade de regressar.

De gritar, quando estiver sufocado.

De calar-me, quando houver necessidade de silencio.

De Agir, da forma mais absurda e irracional que a minha mente possa projetar.

De me exilar, se assim for preciso, por entre olhares amigos.

Tudo que desejo é ser livre!

Em meio a tantas prisões que a labuta humana nos induz.

Dessa incessante rotina dos dias.

Dessa incansável e irremediável vontade de sonhar, o que minhas mãos não são capazes de criar.

Dessa incapacidade de amar, tão desmedida e involuntária, sobre os jeitos, modos e olhares femininos.

O homem se entrega a uma meretriz chamada destino,

paga caro, por tão pouco prazer,

culpa-se, por não ter sido suficiente,

morrendo muitas vezes, sem entender sua existência.

Tudo que desejo é viver.

Do modo mais simples de ser.

Sem correr contra o tempo.

Sem vestígios de tristezas.

Deixando minha alma ganhar o universo.

Com o mesmo prazer com que hoje escrevo.

Texto: Desejo (A Determinação I)

Autor: Osvaldo Rocha

Data: 05/03/1988

Osvaldo Rocha Jr
Enviado por Osvaldo Rocha Jr em 26/02/2008
Reeditado em 29/11/2021
Código do texto: T877300
Classificação de conteúdo: seguro
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