Protesto de um louco
Cantei sombras para os raios a fim de iluminar suas idéias, tolo eu ao pensar que posso converter trevas densas em fabulas de rosas;
Os pássaros anelados flutuam sobre a mente de um homem que sem cor briga por algo que não é dele, mais tudo que passa toma como primasse de seus egos, furtando os bens mais valiosos dos fortes duendes que correm pela selva de aço;
Mande-me cartas de onde estas e dedilhe sobre tuas aventuras pequeno inseto que roubas o sono dos moribundos afugentados pela ganância dos fortes;
Ontem caiu chuva e molhou toda aquela colméia, que habita zangões que circulam de Mercedes, e gastam a cartão o suor dos duendes da floresta cirúrgica.
Que ousadia minha confundir vermes a abelhas tão frutuosas, que ignorância minha esse texto sem nexo
Ou anexos
Sem traços,
Só cortes
Pululas nesse bosque toda sorte de peste, acabam com as plantações que os guerreiros de sangue negro, amarelo, e toda miscigenação construiu.
Coisas rastejantes que usufruem o líquido salgado que escorre do corpo;
São versos!
São prosas!
Não! Quero somente acicatar você que lê,
Que vive;
Que chora;
Que fala com você mesmo
Que droga!
Amararam-nos;
Nós! frágeis duendes da grama fraudulenta, requintada de metais, ouro, diamantes, roubados de nossa terra, de outras nações. Fomos nós silenciandos? Ou nos sileciamos?
Acomodamos e agora pergunta a ti mesmo, é loucura protesta? É errado não aceitar?
Corajosos que nasceram de ventres puros, criados pela senhorita vida, que acorda cedo e com dignidade vai lutar pelo pão mendigado, lutamos e muitas vezes nos tratam como se nós fizéssemos favores, exala de seu Armani podres odores.
tolos somos nós?
Por votar?
Por não votar?
Por nos arrastar a essa causa de poucos vencedores? Onde os maiores amores se encontram num cofre, guardado pelo soldado que morre, por um juramento, que vive o mesmo tormento de ser lesado, frustrado.
Tolos nós homens da ex- mãe gentil, hoje prostituta da corrupção, vendida, barganhada por algum milhão. Mas assim fala o louco das montanhas geladas cobertas de barracos.
O troco de nossa acomodação é chorar, por ainda que escrevemos e sabemos de tudo isso.
Ficamos de braço a cruzar.