SOBRE O AMOR

Amor, palavra de sentido amplo e até complexo que nada diz a não ser, pelos atos praticados sob o efeito dele. O problema do amor é tão complexo que quando a maioria das pessoas o sente, pensam estar loucos.

Amor é loucura e só de loucuras vive a humanidade. A história nos narra os mais diversos casos de amor. Se formos além e procurarmos penetrar com profundidade na história, iremos encontrar falhas na história que nos foi contada e veremos que nem sempre foi o amor que prevaleceu e sim a paixão.

É sem sombra de dúvidas, o amor, um pretexto usado para a prática da maioria dos absurdos da humanidade.

Existem histórias que narram acontecimentos fantásticos de pessoas que agiam em nome de um amor.

Devemos aceitar todas estas histórias como reais, ou encará-las como fruto da imaginação ou por estarem seus protagonistas sob o império do desejo, da paixão ou devemos atribuir tudo isto ao devaneio dos poetas e escritores?

Hoje o amor é fruto raro que cada vez mais escasseia.

Se existiu casos como o de Romeu e Julieta no passado, uma perspectiva bastante triste nos assola no presente, o amor morreu.

Hoje há interesses com a máscara de amor. Na ação amorosa da atualidade ao procurarmos o fundamento psicológico ou filosófico do amor, só iremos encontrar desejos e ambições com suas faces mascaradas com a palavra amor.

Estamos vivendo uma época de descrença do verbo. Até chegamos a duvidar de nós mesmos.

O futuro, no entanto anuncia uma nova fase, um renascimento do amor. Como ressurgirá e em que tempo é uma interrogação.

Acredito que o amor somente será real, quando houver doação sem a espera de nada.

Talvez quando a ambição, o orgulho, a maldade e outros estados psicológicos adversos forem diminuindo, o amor ressurgirá.

Enquanto eu não conseguir encontrá-lo no seres humanos ou em mim mesmo, a atitude em que me coloco é a mesma com relação ao que vi, ouvi e senti até hoje.

Se um dia senti-lo ou vê-lo despido de qualquer roupagem, poderei dizer que o único remédio para todos os males desta sofrida humanidade.

É o amor.

13/11/72 –VEM

Vanderleis Maia
Enviado por Vanderleis Maia em 18/02/2008
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