Leio textos “meus escritos”
Ao longo do tempo, desde o começo
E na maioria deles
No fim, neles não me reconheço!
Talvez seja por que esqueço
Que cada texto pagou o seu preço
No momento sentido por quem foi escrito
Não importando se era feio ou bonito
Realmente o poeta escreve
O que sente no momento
Seja a alegria ou a tristeza, da vida ou da morte
O amor...O desamor... À dor...A sorte
Um texto depois de escrito
Já não o é de quem escreveu
Mas sim de quem o lê naquele momento
Onde há identidade de sentimento
Ah!!!!
Sou mero mensageiro de sentimentos
Por todos em algum momento sentido
Assino meus textos e parece que minto
Passado o tempo; o sentimento já não o sinto.
Perguntei-me:
Por que continuar escrevendo?
Simplesmente para marcar o momento,
Ou para ver a vida sendo levada pelo tempo?
Dei-me como resposta:
Escrevo, por que não sou eu quem escreve
O poeta escreve por mim
Por isso a poesia é assim.
Nos surpreende a todo instante
O leitor que em sintonia nela se encontra
Com o seu sentimento
Vivido naquele momento
E eu relendo por reler
Dependendo do meu ser
Surpreendentemente
Antagonicamente...Vejo-me novamente.
Definitivamente...
Não sou eu quem escreve
É o poeta!!!
Onde nele há um sentimento propulsor
Que só o poeta sente na sua dor.
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