Ideal

"Após haver determinado vosso ideal, contemplai-o longamente; deixai-vos inundar por sua luz e impregnar por seu calor. Resumindo-o numa fórmula breve que repetireis amiúde e que repercutirá em tí como um toque de clarim: Fazeio-o viver nas minúcias da vida; acomodai-o às proporções restritas de vosso labor cotidiano.

Acima de tudo, amai-o até o entusiasmo. Seja entusiasta como o jovem Aymerillot que Victor Hugo apresenta:

Deux liards couvriraient fort bien toutes mes terres,

Mais tout le grand ciel bleu n'emplirant pas mon coeur.

O entusiasmo suaviza a aspereza da rota. Ruskin escreveu: "O artista é uma pessoa que se impôs uma lei à qual é penoso obedecer a fim de dispensar um benefício que é delicioso dispensar... Minha mão cansa de tanto segurar a pena; meu coração agoniza de tanto pensar. Porém, não posso deixar de escrever sobre as coisas que me são caras."

Ah! merveilleux élan d'une âme jeune encore!

Elle peut s'en aller de sentier en sentier.

Rien ne contentera la soif qui la dévore:

A cette soif sublime, il faut le ciel entier.

Por: L. Riboulet - Professor de Filosofia e Pedagogia da

Notre-Dame de Valbenoite, Saint-Etienne - França

Tradução de Maurice Teisseire e Antônio da Fraga

José Luís de Freitas
Enviado por José Luís de Freitas em 14/02/2008
Código do texto: T859957
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