O gosto doce de viver.

Tudo fica doce depois de duas colheres de açúcar.

Me sento a beira da cama, ainda querendo voltar a dormir, mas levanto para os preparativos da ida ao amargo trabalho, a passar pelas pessoas amargas, que olham meu cabelo como se fosse algo terrivel que precisa ser reparado no mundo - reparado, aparado, como queiram... - coitadas. Todo dia levanto, como todas elas, e tomo meu café, duas colheres de açúcar, bem cheias. Sento-me a mesa e apenas sinto o gosto doce do café, penso em como o sol está lá fora, em minha amada que verei logo e me preparo para as outras colheres de açúcar do dia, aquelas que deixarão de lado o gosto amargo de todos os meus cafés diários.

Caio Augusto
Enviado por Caio Augusto em 09/02/2008
Reeditado em 11/10/2009
Código do texto: T852152
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