Nem o bater das asas de uma borboleta
Nenhuma folha arrastada pelo vento
Um canto que me encanta apesar de...
Um eu racional não querendo ir, mas indo
Qual o rumo para o qual me aprumo e não aprovo?
Devoram-me os dias em questões óbvias
Se eu não soubesse teria a decência da decisão
Qual é mesmo a certeira rota a ser escolhida?
Sei bem que o que me aguarda é surpreendente
Não sou uma exatidão confiável para meus propósitos
Meus meios estão muito longe de finais certeiros
Para quem iria negar minha profunda humanidade?
É absoluta a falta de controle sobre sentidos possíveis
Órbitas estranhas habitam estratégias ultrapassadas
Afinal, não foi em vão aquele vendaval fora de hora
O fato é que não estou pronta para entrar na roda
Seja ela da fortuna, infortúnio ou bem a propósito
Uma tarja mais que escarlate avisando com pisca-piscas:
-Cuidado! Você pode acabar bem dentro de um querer maior!
Eu ali, nem na fila entrei, nem me dei conta dos contos
Mas olhando para minhas mãos vejo o ingresso carimbado
E uma pergunta perfumada envolve todo o ar...
Entro por meus labirintos ou conheço seus instintos?
Uma resposta apenas após meu equilíbrio na ponta da agulha...