Nãoseiondevaiparar...

Uma prece a Deus, superstições, fé e uma vazio enorme no peito tomaram conta naquele dia; porém, uma única certeza... Queria ser feliz!

Os dias passavam, e o único refúgio encontrava-se em um cigarro nas pontas dos dedos, que queimava junto a sua podre nicotina a solidão e a enorme vontade de chorar... Engoliu a seco.

Perdida na confusão de rabiscos no caderno e músicas que mostravam como era a vida, ainda não sabia se era Capitu ou Brás Cubas; só sabia que a vida parecia ser obra de Machado de Assis; sempre tão fria, realista, crítica e com um final que não pertencia aos contos de fadas.

Decisões a tomar... Para onde ir?O que fazer?Como sair?Desistir?Jamais... haviam exemplos demais em casa para pensar nisso.Chorar e pensar era o melhor remédio.

Eis que surge Deus. Finalmente alguém para "amar"(se é que se pode chamar de amor isso)...Era uma estranha relação envolvendo medos e passado com tecnologia e desejos.

Uma vida confusa, mas cheia de prazeres!Refúgios na arte de escrever e dançar; e a liberdade de esquecer tudo por alguns minutos. E,quando a música acaba e a vontade de escrever cessa;tudo volta em uma confusão maior do que a anterior.E isso irá acontecer quando eu terminar de escrever esse parágrafo e por um ponto final.

Ana Vilches
Enviado por Ana Vilches em 03/02/2008
Código do texto: T844115