Oportunidades

Quantas oportunidades ficarão dispersas

Por sua incapacidade de observação

E domínio dos fios que tecem sua vida?

Tu sabes que à beira da fraga íngreme

As opções são utópicas ou obsoletas,

E que este é o momento de voltar atrás

E tentar trilhar cornija que difira dantes

A bravura não está em enfrentar outrem

Mas em ser capaz de enfrentar-se

No entravo da batalha que a existência permite

A omissão e o medo tornam-se imperiosos

Nada como um crescimento intimista desordenado

Para deixar o peito palpitante, extasiado

A mente indisposta, prostrada ante o desconhecido

As pernas trêmulas e inconformadas

O corpo padece perante a escolha emérita

É necessário mais que a psique para ser feliz

É necessário ouvir o canto sussurrado

Que emana do íntimo para o infinito

Sabes tu o queres de fato?

É necessário sabedoria para deixar para trás

Receios, mágoas, angústias e sonhos

Abandonar paixões, vícios, posturas e pensamentos

A felicidade está na honestidade consigo mesmo

E se alastra, posteriormente, a cada canto,

Cada ínfimo pedaço da alma.

Eduardo Amorim
Enviado por Eduardo Amorim em 01/02/2008
Código do texto: T842804
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.