Inveja de Vargas Llosa
SEMPRE afirmo que sei das minhas limitações literárias porque sou alguém que leu muito (ainda leio, mas devido ao cansaço na vista leio muito menos) e, portanto, posso analisar com isenção uma obra literária e o que escrevo não é literatura, mas arengas e opinião de simples cidadão.
Vou comentar hoje sobre a partida para a Eternidade de um dos maiores escritores do mundo em todos os tempos: Mário Vargas Llosa. Li quase toda a obra dele. Para mim seu romance maior é Conversa na Catedral. Sim, sei que no auge do sucesso ele virou conservador e ícone da direita. E daí? Um direito dele. A mim importa a sua obra literária. Não faço parte de patrulha literária.
Mas o que desejo focar é minha inveja e decepção por ele ter escrito o livro mais importante na área da ficção no Brasil, um romance que deveria ter sido escrito por um romancista brasileiro: A Guerra do Fim do Mundo, sobre o movimento de Canudos. Acho uma vergonha que um escritor peruano seja o autor desse magistral romance. O mais belo romance brasileiro. Viva Vargas Llosa. William Porto. Inté.