O PESO DA SAUDADE

Hoje fui ao meu acupunturista e como sempre, entre uma agulhada e outra a gente jogava conversa fora. Falávamos sobre o desabafo verbal e o desabafo escrito, e eu defendia o desabafo escrito por envolver um processo crítico, evitando que os arroubos da emoção suplantem a sabedoria da razão.

A conversa descambou para outras amenidades e em dado momento quando citei um pesquisador alemão que afirmava que a alma humana pesa vinte e um gramas, depois de pesar pessoas moribundas logo após o último suspiro. Foi nesse ínterim que ele lançou essa pérola: “A urna mortuária e o defunto não pesam nada, o que pesa é a saudade que fica”.

E como pesa a saudade!