"O poeta é um fingidor..."
Título em diálogo com 'Autopsicografia' de Fernando Pessoa.
Uma trufa devorada, uma folha que cai,
um tropeço no metrô...
Minha poesia não nasce só de amores
ou frustrações
ela brota do cotidiano, do efêmero
do que quase passa despercebido
do aparentemente simples...
Como diz Pessoa, somos 'fingidores'
não por mentir, mas por transformar:
intensificamos o banal, suprimimos o óbvio
acrescentamos asas ao que era só chão.
A poesia é meu território sem fronteiras,
onde posso viver todos os desejos,
experimentar cada sentimento,
e tudo isso, sem pedir licença.