ABSOLUTO RESTRITO (apenas um koan de um momento pessoal)
Donde vem tudo, meu Deus, e par’onde [tudo]
vai ... depois de acabar (se é que um dia acabará)?
Mas, o que ganho com isto saber?
Contudo, quantos procuram convencer-me
com suas “verdades”!
Não, recuso-me aceitar que Deus esteja em algum dogma,
ou que seja refém d’algum credo religioso,
ou definido por algum sistema filosófico
Oh! Jamais ...
Tudo está em Deus
E Deus está em tudo
Sem o qual nada s’haveria
A ser este o meu credo
E assim prefiro olhar para tudo
E, sobretudo, para dentro de mim
O céu ...
Silencioso e ilimitado espaço
A caber todo dentro de meus limitados (ou não) olhos
Completamente
Da visão a voar pelo deslumbre do que no tempo contempla
Perdida e solitária
Mas sempre viva e atenta (pelo que percebe e, portanto, avista)
Ah, o céu
Sempre o céu, ... imensurável, ... absoluto
“Eterno” em seu contínuo espaço
Simplesmente imensurável
Seria também “imortal”?
Sendo ”eterno” não há porque duvidar
Mas ao que penso, por vezes, ser tão pequeno
para tantas estrelas ... nele presentes
O céu!
Haveria algo mais impressionante para a vista humana?
No que existe fora, não creio
Mas nenhum mistério é maior que ... a alma
E esta não está fora de ninguém
Com exceção, é claro, das almas mortas
Ainda que o céu existe sem ela
Ou será que o céu só existe porque a alma existe?
03 de abril de 2025
IMAGEM: FOTO REGISTRADA POR CELULAR