Candomblé: 3º ano
Foi então que chegou o momento da minha obrigação de 3 anos, meu odu meta.
Eu estava frustrado, havia depositado muita expectativa em meu negocio próprio, era algo novo pra mim, administrar candomblé, vida pessoal, empreendimento era muito pra mim naquela época, além do fato de que era uma sociedade e eu o tinha experiência o suficiente. De alguma forma, eu havia feito uma grande transferencia de responsabilidade e achava que o candomblé poderia ter me ajudado, mas antes que o barco viesse afundar, eu e meu antigo sócio resolvemos fechar o negócio, me gerando então a frustração.. Me recolhi, passei por ebós, fundamentos do odu Meta, tinha então a expectativa do transe, que também não ocorreu.. Agora eu retornara ao ponto zero, estava desempregado, tinha um preceito a ser seguido e eu não havia experenciado o tal transe..
A casa de candomblé havia passado por mudanças, o sacerdote havia incluído novas pessoas, novas regras e eu não me sentia mais em casa, já não me sentia feliz.
Eu estava muito infeliz, a casa de candomblé estava bem dividida. Diariamente aconteciam fatos e mais fatos que me entristeciam, até que um dia, houve uma festa, iniciação de um iyawo e eu só fazia chorar, mas não de emoção ou de alegria, chorava porque sentia que orixa havia me abandonado, não fazia mais sentido estar ali.
Foi então que eu tomei a decisão mais difícil de todas, conversar com o pai de santo e sair da casa.
Comecei então minha busca, por um novo lar...