Cotovelo Quebrado

Levando o meu Nino no Veterinário.

Meu joelho falseou.

Quando percebi.

Estava no chão.

Meu braço esquerdo não se movia.

Nino desesperado.

Dois homens atravessaram a rua.

Um segurou a guia do Nino.

E o outro me levantou.

Entre o susto e a queda brusca,

o tempo parou no impacto seco,

um estalo, uma dor que ofusca,

um braço imóvel, torto e ledo.

Fui seguindo o meu caminho.

Mas não aguentei.

Voltei para casa.

Deixei o Nino.

E fui ao Pronto Socorro.

Chegando lá fizeram o raio X.

E disseram, que não havia quebrado nada.

Voltei para casa.

Comprei o remédio, que o médico receitou.

Tomei e vi que a dor não passava.

E o braço não melhorava.

Na quarta-feira retornei ao médico.

Fizeram a radiografia.

Estava quebrado.

Fiquei internada.

Fiz cirurgia.

No dia seguinte fui para casa.

Gesso envolve como abraço frio,

paciente espero o tempo agir,

cada dia, um desafio,

cada gesto, um resistir.

Foram seis meses de angústia.

Hoje não estou normal.

Mas espero no tempo de Deus.

Sei que a minha cura virá.

Mas a vida é curva e reta,

é tropeço, é recomeço,

e se o corpo hoje é queda,

amanhã já é progresso.

Roseli Princhatti
Enviado por Roseli Princhatti em 31/03/2025
Código do texto: T8298842
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