Sob a folha de um velho limoeiro,

Duas joaninhas fugiam ao aguaceiro.

Uma, com manchas que brilhavam à luz,

A outra, tímida, contava em tom que seduz:

 

— Amiga, essa chuva não me assusta mais,

pois cada gota é dança dos temporais!

Já viste como brilham as folhas molhadas?

são espelhos do céu em contos encantadas.

 

A outra, pensativa, respondeu em silêncio,

mas em seus olhos havia um mistério imenso:

— Na chuva, amiga, vejo mais do que dança,

vejo o ciclo da vida, a eterna esperança.

 

Enquanto gotas viravam riachos,

e trovões marcavam seus ritmos baixos,

as joaninhas riam, refletindo a essência,

de que até sob a chuva há beleza e presença.

MariaIsabel
Enviado por MariaIsabel em 29/03/2025
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