Deus e "deuses" são conceitos totalmente diferentes

 

De vez em quando topo com textos de nossos irmãos ateus e céticos que, fazendo pouco da fé religiosa, referem-se à crença em "deuses" inventados pelo homem.

Ora, nos dias atuais pouca gente acredita em deuses, criaturas mitológicas.

Mas o conceito de Deus, em sua pureza, é teológico e filosófico, e ao longo da História grandes inteligências estudaram esse conceito que não é crendice nem brincadeira. É assunto sério e, como eu disse, toca de perto inteligências privilegiadas como São Tomás de Aquino, Santa Teresa de Ávila, Santo Agostinho, Max Plank, Alexis Carrel, Padre Georges Lemaitre e assim por diante, numa lista interminável.

Deus é o Ser Supremo, onisciente, onipresente, onipotente, eterno e sumamente bom e perfeito, criador, organizador e mantenedor do universo.

Não está no tempo, mas na Eternidade, daí não ter início e nem fim.

Deus não tem corpo, é puro espirito, e é o Ser Necessário, o Existente em Essência, sem Ele a existência do universo não encontra explicação, pois o universo não poderia ter criado a si mesmo.

Portanto, erram nossos irmãos descrentes ao fazer pouco da Religião com essa história de "deuses". Os deuses do politeísmo, da mitologia, são seres fictícios limitados no espaço e no tempo, que brigam entre si e se reproduzem . São cheios de defeitos e até cultivam paixões baixas.

Na verdade são apenas super-seres. Basicamente equivalem aos super-heróis e super-vilões dos nossos quadrinhos e filmes.

A diferença é praticamente essa: os antigos acreditavam na existência de seus deuses politeístas. As gerações atuais sabem que os super-heróis e super-vilões não existem, por mais badalados que sejam.

Tanto a analogia tem base, que na Marvel puseram o Thor como super-herói e o Loki, seu irmão, como super-vilão. E ambos são "deuses" da mitologia nórdica.

As religiões monoteístas, como o Cristianismo, não são portanto atingidas com essas ironias de nossos irmãos ateus. Podem ironizar a crença em "deuses"; isso não é com a gente.

 

Rio de Janeiro, 28 de março de 2025.