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O QUE É FÁCIL DE ACEITAR NA BÍBLIA E O QUE NÃO É?

 

   NOTA PRELIMINAR:

   Não é meu objetivo aqui incitar ao leitor uma "postura de ceticismo" com relação a Bíblia. O que será feito no presente trabalho trata-se de um estudo psicológico e até antropológico. Espero não ser mal interpretado no que será estudado.

 

A Bíblia

Do Gênesis ao Apocalipse

Quantas narrativas!

Quantos episódios!

Cronologias, relatos, apresentações ...

O que é real para que acreditado seja

e o que está somente em “sentido figurado”?

Ou nada haveria?

Seria mesmo “história” ou apenas “estórias” (contos)?      

E o que pode ser “provado” de tudo o que neste sagrado livro está escrito?

Provado ou demonstrado?

Praticamente nada

E há quem diga ser a Bíblia uma grande mentira

Ou somente fábulas

 

Pois bem ...

Tomo a liberdade em lhe perguntar, porém não precisa me responder,

mas gostaria que a ti mesmo com sinceridade responda:

Você acredita em tudo o que foi escrito e registrado na Bíblia?

Seja “honesto” em sua resposta, seja franco

 

E faço uma pergunta de vital importância a qual considero se tens ou não fé:

O que é mais difícil de aceitar na Bíblia?

E qual a razão de sua “não aceitação”?

Seria visto que não existe lógica ou porque está além de nossa capacidade 

de compreensão, em função do “absurdo” que é?

Ou seria pela razão de se tratar d’algo que contraria nossa “configuração mental”?

 

Bem, gostaria de propor algumas perguntas a partir do que está na Bíblia,

onde no final sintetizarei o que bem quero [aqui] colocar

 

Não contraria a razão o fato de não acreditar em algo dado a sua “impossibilidade”

Ao que digo que seria natural duvidar justamente em razão de sua incoerência

com o “mundo real e concreto”

Todavia, ninguém questiona, talvez por ver na Bíblia tão somente um livro de contos

 

Então ...

Seria fácil acreditar que as águas de um rio se transformaram em sangue, ao

que foi a primeira praga do Egito?

Talvez seja, pelo que a pessoa “quer acreditar”

 

Seria fácil aceitar que uma cobra comunica e, portanto, fala, pelo que está registrado

no Livro do Gênesis?

Talvez seja, pelo que a pessoa “quer acreditar”

 

Seria fácil acreditar que um homem andou sobre a água, ao que está escrito no

Evangelho?

Talvez seja, pelo que a pessoa “quer acreditar”

 

Seria fácil acreditar num arbusto a estar em chamas, porém não se queimar,

do episódio conhecido como “sarça ardente”?

Talvez seja, pelo que a pessoa “quer acreditar”

 

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Seria fácil acreditar que com dois peixes e cinco pães foi possível alimentar

cinco mil pessoas, ao que relatado está no Evangelho?

Talvez seja, pelo que a pessoa “quer acreditar”   

       

Seria fácil acreditar que um mar se abriu para facilitar a fuga de um povo

sofrido e injustiçado, mas que era movido pela Esperança da libertação?

Talvez seja, pelo que a pessoa “quer acreditar”

 

Seria fácil acreditar que alguém transformou água em vinho, do acontecimento

conhecido como o primeiro milagre de Jesus?

Talvez seja, pelo que a pessoa “quer acreditar”

 

Seria fácil acreditar que um enorme enxame de gafanhotos ocultou totalmente 

o sol, ao que foi a oitava praga do Egito?

Talvez seja, pelo que a pessoa “quer acreditar”

 

Seria fácil acreditar que uma baleia engoliu uma pessoa, mas que saiu viva,

ao que está escrito no Livro de Jonas?

Talvez seja, pelo que a pessoa “quer acreditar”

 

Seria fácil acreditar que um defunto tornou-se a viver, que foi o que aconteceu

a Lázaro?

Talvez seja, pelo que a pessoa “quer acreditar”

 

Seria fácil acreditar numa árvore que sabe de todas as coisas, no que foi

registrado no Gênesis?

Talvez seja, pelo que a pessoa “quer acreditar”

 

E neste momento acabo de me lembrar o que disse Einstein certa vez:

"Para mim, a palavra de Deus não é nada além da expressão e do produto

 da fraqueza humana.

A Bíblia é uma coleção de lendas sacras, mas ainda assim primitivas.

Nenhuma interpretação, não importa o quão sutil ela seja, pode mudar isso

para mim"         

Bem, faz-se preciso saber que o judeu (de etnia) Albert Einstein era “agnóstico”

Mas a verdade é que ele foi “sincero” no que disse

 

Bem, e agora faço a “pergunta vital”:

O que é realmente difícil de “aceitar” na Bíblia, ainda que tenha acreditado

em tudo o que anteriormente foi colocado?

 

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Meu amigo, eu penso que “querer acreditar” (que, na verdade, não é o mesmo

que “acreditar”) em algo improvável é mais fácil do que “aceitar” o que possível

seja

Serei mais objetivo:

Lendo o Evangelho de hoje, foi respondido por Jesus uma pergunta feita por

um mestre da Lei:

- "Qual é o primeiro de todos os mandamentos?"

E eis a resposta de Jesus:

“O primeiro é este: Ouve, ó Israel! O Senhor nosso Deus é o único Senhor.

Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo

 o teu entendimento e com toda a tua força!

O segundo mandamento é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo!

Não existe outro mandamento maior do que estes”

 

Estimado leitor, a vivência do amor verdadeiro em sua perfeição é a coisa

mais ignorada pela natureza humana

É mais fácil acreditar em milagres extraordinários do que praticar o “amor

ao próximo”

E por que assim digo:

Simplesmente porque [no íntimo] não aceitamos o mandamento do amor

Sobretudo, o amor ao próximo

E mais ainda a ser tido como insensatez (loucura) o “amor aos inimigos”

Ou seguir as determinações ensinadas por Jesus, tais como:

“Se alguém lhe der um tapa na face direita, ofereça-lhe também a face esquerda.

 Se alguém quer processar você e tirar-lhe a túnica, deixe que leve também a capa

Se alguém o forçar a caminhar com ele uma milha, vá com ele duas

Dê a quem pede, e não voltes as costas àquele que deseja pedir algo emprestado

Não resistam ao perverso"

 

Meu querido, tente imaginar a expressão de espanto de todos quando ouviram isto

 

Com certeza, disseram entre eles:

"Tragam agora uma camisa de força par'ele e enfiem-no num hospício"

E se pesquisarmos nos Evangelhos, várias vezes Jesus foi visto como "endemoniado"

Que seria na linguagem de hoje o mesmo que louco (doido)

Pelo que assim muitos o consideravam

Ah! E nos dias de hoje, será que ainda receberia este "título"?

Eu não tenho dúvidas ...

 

E por que estou afirmando isto?

Simplesmente porque o “amor” praticamente contraria a nossa “enferma

configuração mental”, infectada pelo egoísmo e pelo ódio, onde nossas vidas

se movem em função da ganância e do lucro pessoal

Faz-se preciso uma transformação em nossa mente

Deste milagre a que seria nossa "salvação"

 

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Ainda somos muito ... miseráveis

Infelizmente

Mas, para que tal "milagre" ocorra é preciso "saber o que é, realmente, ... o amor"

 

28 de março de 2025

 

IMAGENS: FOTOS REGISTRADAS POR CELULAR

 

Paulo da Cruz Gomide
Enviado por Paulo da Cruz Gomide em 28/03/2025
Reeditado em 28/03/2025
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