UMA ESTRANHA FORMA DE SER ... “SOCIAL”
Encontra-se no meio de todos pelo que não suporta a si mesmo
E, sobretudo, pelo que não gosta da solidão
Todavia, não porque a outros ama
Pelo contrário, ao que a todos odeia
Pelo que lhe apraz maltratá-los [o tempo todo]
Como que por compulsão em assim ser (pelo que faz)
Ah, e quem disse que [ele] gostaria de vencer seu vício
a fim de se tornar ... uma “pessoa melhor”?
Não, longe dele tal propósito
Mesmo porque tornou-se [isto] sua "natureza" (já há um considerável tempo)
E, portanto, não s’esforçará em mudar (jamais)
Até porque não deseja
A se saber que quando você não quer não alcança
E por quê?
Justamente porque não quer, nem muito menos deseja
E nest’hora alguém dirá:
Por que ele é tão “antissocial”?
Ao que o corrigirei:
Não, ele não é antissocial
Engana-se quem assim pensa a seu respeito
Pelo que ele necessita, sim, das pessoas
É verdade!
E caso esteja sozinho a alguém procurará
Na verdade, o primeiro qu’estiver a seu alcance,
ao que lhe será sua vítima (sua presa)
Já que em momentos a sós não pode a ninguém maltratar
Em outras palavras, quem prazer tenha em a outros ferir,
humilhar, envergonhar, desonrar, ofender, ultrajar,
enfim, maltratar ... eis que sempre de alguém necessitará
E por isso não suporta ficar sozinho (em momento algum)
A não ser para arquitetar contr'alguém sua maldade
A ser [par’ele] uma estranha forma de ser ... “social”
27 de março de 2025
IMAGEM: FOTO REGISTRADA POR CELULAR