Quem somos?

Encerro-me num quarto escuro,

onde nenhuma flor se vê colorir,

onde o canto dos pássaros ensurdece,

onde a tristeza da solidão se guarda,

E viv´alma se pronuncia.

Restos de sonhos relampejam,

clareiam e escurecem com a luz, que ora edificam a saudade,

mas ora desmoronam sobre o teto dos desejos.

Vastos são os anseios de esperança,

e vertiginosas são as angústias.

Bastaria que a distância entre

o sonho e a realidade se resumissem...

Amor, onde estás.?

Duras penas se movem ante a paixão,

pelo que sinto e revivo a cada manhã,

longe de tudo que já se foi e daquilo que está por vir.

Mata-me de saudade o beijo escondido,

as carícias proibidas do inesperado.

Tão logo reaparece a inocência,

e tão esporádico transportam-se os insumos do inadvertido.

Coragem para enfrentar a batalha, sobra-me.

Capacidade para entender as desilusões, acometem-me subitamente.

Se o criador, justamente, isola-me apenas a ele cabe julgar.

A solidão...Esquarteja a alma.

O desejo... Revigora a incerteza.

A paixão...Nos deixa idiotas.

O amor...Ah o amor...Que sentimento poderia ser mais completo?

18.02.2002

Débora Pitoco
Enviado por Débora Pitoco em 23/01/2008
Código do texto: T829148
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