Pareceu-me despreparado para o tempo - o meu antigo livro -, como nós humanos à beira dos ponteiros.

 

Julgando-se esquecido, a inserir em seu corpo as marcas, fez o seu próprio poema, desde que começou a descolar à atualização física das suas palavras. Procurei compreender o seu tempo apoiado em suas formas, em sua roupagem na pronúncia interrogativa, deixando apenas a conclusão divulgada no desmonte das folhas.

 

Restaurei-o com carinho, livro em meu colo. Não segui rigorosamente o critério cronológico que dava maior visibilidade ao que julgava - abandono -. Aceito-o como a mim mesma, nos retiros das cicatrizes, mas com o devido cuidado. Sempre.

 

 

(meu antigo livro antes de ser restaurado)

 

 

 

Até breve!

Sociofóbica
Enviado por Sociofóbica em 20/03/2025
Reeditado em 20/03/2025
Código do texto: T8289824
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