Uma Breve Composição Para/Sobre Dita.
Uma Breve Composição Para/Sobre Dita.
O tempo.
Em um tempo não muito distante, mas, de uma longevidade tão significante que, a idade compôs o enredo e os ensaios seguidos de conhecimento, amor, e, atribulações. Chega ao meu conhecimento, a inaceitável, mas um dia, a possível partida.
A partida
Olhando o espelho da existência, vejo seu reflexo nitidamente segurando minhas mãos, protegendo-me das mazelas diárias, vejo-a cozinhando rente ao fogão no mesmo instante que faz-me rir com seu sorriso em volto ao cenário, levemente, vejo-me saindo do meu quarto para encontrar em seu calor, a temperatura certa para o provável amanhecer. É, parece que foi ontem, que você, Edite Maria dos Santos (Dita), embalou-nos com suas histórias e cantigas do seu tempo criança, proporcionando-nos uma Infância equilibrada.
O Equilíbrio.
Neste capítulo oitenta e nove, sem sabermos exatamente quando, nem onde acontecera o definitivo adeus, nós, dentro das nossas limitações, nos vemos focados em vê-la, em festejar a passagem dos noventa afim de que os episódios seguintes, sejam de lembranças e letras detalhando o desfecho em cada episodio, mas, caso por ventura, seu contrato seja interrompido, entre tristezas e risos, de certo, um equilíbrio universal tende a estar medindo com sabedoria a dose da saudade.
A saudade.
Virá com certeza nos encontros familiares entre bebedeiras e gargalhadas, virá, na solidão do quarto, quando a mente sem ter o que fazer revira o baú dos momentos marcantes, até mesmos, nos vagos quase apagados pela distância, e, virá de certo, nos minutos sentado no jardim com a Coca-Cola aberta deixando exalar o gás enquanto embaralho as letras no intuito de compor uma louca expressão, um novo texto, detalhando a saudade fundida em mim, com a saudade alheia.
O desfecho/conclusão.
Edite (Dita), Di, Modi, Veia, Puta veia,...
dentre seus tantos pseudos, todos sem exceção, nos leva ao bem querer que temos por ti, por essa pessoa que nos manteve unidos, criados, e, gozando da infância até a maturidade. Por você, que nada, nem ninguém, terá/tem o poder de apagar sua marca fincada nos pilares da nossa criação, resumo dizendo: - Te amo.
Nota:
Vamos todos em Outubro, festejar o Nonagésimo capítulo da vida desta mãe que foi para nós, o porto seguro quando nos sentíamos à deriva, assim como, uma tempestade, quando por vezes, navegava-mos em pélagos perigosos, fazendo-nos retomar o Norte, certo de atracar nesta enseada a qual merecidamente caminhamos.
Texto: Uma Breve Composição Para/Sobre Dita.
Autor: Osvaldo Rocha Jr.
Data: 09/03/2025 às 11:01