Zona de desconforto
Da minha zona de desconforto só saio quando me lanço ao seu oceano de água macia incapaz de me afogar. Maciez de geleia roxigenante. Posso me afundar e cair em queda livre sem me machucar. É sorte desencantar o mundo. Já faz tempo que sou o único habitante de um mosteiro secreto. Lugar onde me aconchego para fazer minha devoção secreta pelos sonhos que imaginei contemplando o seu existir labirintico, seus mistérios insondáveis e seu incentivo pelas diversas possibilidades de reviver nossas motivações. Enquanto meu coração não resseca de vez, caminho por terrenos esperançosos por pequenos momentos do dia. A possibilidade da queda me assusta.