VANGLÓRIA ... GLÓRIA VÃ

 

       Agradeço a Vida pela vinda do qu'em minha vida [se] chegou
     (Ainda que digno não era, e disso eu bem sei)
        Quem deveras a colocou em meu caminho?
            E que me presta ter o que à vista disto recebo?

        Mas qual mortal teria o poder de repeli-la?
   E por que desta forma o faria?
          (Se é que o quereria!)

           Ah, a glória!
     A que a todos "se dá" ... em algum tempo
              Isso mesmo:

                        A todos
        Todavia, logo vai embora
   A se apartar do lugar ou de quem [certamente]  não a merecia
           Mas vai ...
       Não importa os dias, ... os meses, ... os anos ...


             E eis que do caminho num prazo se retira
        E quantos nest’instante choram!
                 Quantos?
            Na verdade, todos [que a receberam]

 


 

            Do nome que na História s’esteve
     A ficar retido na memória, porém não eternamente
       Do aplauso que num tempo se ouviu
              E dele, oh! quanto se inebriou
       E agora, vede que as palmas silenciadas estão
         Onde, pois estariam?

    Para que lugar foram?
         Oh, quanta vaidade!

         Seria seu destino ... indeterminado?
    Ao que não sei explicar

         E tudo o que sei (se é que sei)
   é que a glória chega em nossas vidas ... e, depois, se vai
E vai com o tempo ... (quem sabe, até de mãos dadas ... co’a vergonha)
               E vai ... sem protelar

           Oh, esqueçamos o passado

        Aqui está o que melhor a se fazer

            E vamos ...

  Qual fumo ou incenso a se desvanecer agora

A comungar-se co'a a brisa que o leva

 

 

      E vamos ... com Deus

            E até Ele

      O único [digno] Senhor ... da verdadeira glória

 Da glória infinita (que jamais acaba, e, portanto, não vai embora)


09 de janeiro de 2025

 

IMAGENS: FOTOS REGISTRADAS POR CELULAR

Paulo da Cruz Gomide
Enviado por Paulo da Cruz Gomide em 09/01/2025
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