MALDITO ORGULHO

 

          D’argila de que és feito ...
     Oh! De form’alguma és o que achas, ó miserável
           Esta humana indigência a que se chama “vaidade”
  E quanto a tantos rebaixa!

   Ah! Lembra-te que és pó ... tentado pelas quimeras do mundo
        e do tempo
      Desperta-te, então!
        Desperta, ó alucinad’alma ... de teu insano torpor!
          E mata em ti este [seu] nefast’orgulho
   Oh, quem dera se soberano fosses pela ilusão do que assim acreditas
           Oh, quem dera!
       Todavia, não és aqui ... absolutamente nada

      Ai, ingrato e tolo pelo que de tudo o que a vida te ofertas
  Pudesse, nest'hora, à mesma Vida dizer um simples “obrigado”!
       Porém, sem se sentir obrigado a ela dizer ... “obrigado”

     E dizer, portanto, de forma “natural” e feliz

        Todavia, não és humilde
    Da vida que respeita nossa liberdade
        E que nada a ninguém obriga

   É verdade ...

    A vida respeita, sim, nossa liberdade

 A permitir que todos sejam ... livres
        Não sei se por amor de seus filhos

    Não sei se, talvez, por castigo ...

 (No uso da liberdade a ser, para muitos, uma verdadeira maldição)
               
08 de janeiro de 2025

 

IMAGEM: FOTO REGISTRADA POR CELULAR

Paulo da Cruz Gomide
Enviado por Paulo da Cruz Gomide em 08/01/2025
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