MALDITAS LEMBRANÇAS

 

       Natureza viva a s’esculpir em meu viver
             Onde nele passeio nos arredores dos dias
  E [também] nas memórias da noite em que durmo ... d'olhos abertos

          Pessoas, situações, circunstâncias, experiências, vivências ...

              Eis minha história
      Eis, também, a história de todos
          Contudo, limitar-me-ei aqui no que direi apenas de mim

 

            Minhas memórias:

        O que são?
      Às vezes na doçura do que em tal grau as amei
   D’outras vezes entre mágoas e torturas as quais tanto as odiei
        E destas, decerto não merecem minhas lembranças
            Todavia, por que insistem em minh’alma ficar?

 

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             Não, não e não
       Definitivamente, não as quero comigo
  Não em meu psicológico tempo que agora não mais existe

   (Daquele que já foi, de fato, embora)

    Ao que muito quereria evacuar mil coisas de minha memória
          Ai! Essa maldição que agora e sempre de mim o tempo todo ri
 Quanto mais quero que se vão mais elas comigo permanecem e, portanto, ficam
             E por quê?
      Simplesmente visto que o desejo de não mais querê-las
        faz com que [elas] comigo as guarde
   E, destarte, abrigo-as continuamente ... em minha enferma mente
                 Enquanto, é lógico, delas lembrar

 

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                 Como se diz:
          "Quanto mais se esforçar para s'esquecer de alguém,

               pela ofensa que ele lhe fez, mais dele se lembrará

                   e o seu mal em su’alma ruminará"

08 de janeiro de 2025

 

IMAGENS: FOTOS REGISTRADAS POR CELULAR

Paulo da Cruz Gomide
Enviado por Paulo da Cruz Gomide em 08/01/2025
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