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AUTENTICIDADE

 

    Ai, como se perde a consciência na multidão dos estultos!
         Mas, que viva em paz no final dest’exílio
            o que se prefere a ser ele próprio

  Oh, não!
Que se recuse, portanto, a ser por ela morfinizada por falsas esperanças
   Dos milhões que matam e se matam a ferro e espada (uns contra os outros)

    em nome de ridículas bandeiras, acreditando cegamente que valerá à pena

  E deste modo se porta porque entraram "na moda do momento"
     Que só o fazem isto visto que a maioria deste modo se acha

     Na verdade “se acha perdida”, ao que depois precisará se buscar

           para, então, realmente se achar

  Isso, é claro, caso não morrer antes

  Ou, n'outras palavras: se não morrer inutilmente (por causas dessas

      ou outras bobagens)

          A se concluir agora:
  Como é difícil ser um simples cordeiro evitando-se ser um rebanho inteiro
      Oh! Quanta coragem precisa se faz par’assim o ser!

     Sim, é bem mais fácil ser um rebanho e morrer como tal,
 sem ter sido o original cordeiro que a Vida o criou para assim o ser

     E qual o merecedor nome para estes poucos genuínos corajosos?
           “Autenticidade”

                      06 de janeiro de 2025

 

IMAGEM: FOTO REGISTRADA POR CELULAR

 

Paulo da Cruz Gomide
Enviado por Paulo da Cruz Gomide em 06/01/2025
Reeditado em 06/01/2025
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