AUTENTICIDADE
Ai, como se perde a consciência na multidão dos estultos!
Mas, que viva em paz no final dest’exílio
o que se prefere a ser ele próprio
Oh, não!
Que se recuse, portanto, a ser por ela morfinizada por falsas esperanças
Dos milhões que matam e se matam a ferro e espada (uns contra os outros)
em nome de ridículas bandeiras, acreditando cegamente que valerá à pena
E deste modo se porta porque entraram "na moda do momento"
Que só o fazem isto visto que a maioria deste modo se acha
Na verdade “se acha perdida”, ao que depois precisará se buscar
para, então, realmente se achar
Isso, é claro, caso não morrer antes
Ou, n'outras palavras: se não morrer inutilmente (por causas dessas
ou outras bobagens)
A se concluir agora:
Como é difícil ser um simples cordeiro evitando-se ser um rebanho inteiro
Oh! Quanta coragem precisa se faz par’assim o ser!
Sim, é bem mais fácil ser um rebanho e morrer como tal,
sem ter sido o original cordeiro que a Vida o criou para assim o ser
E qual o merecedor nome para estes poucos genuínos corajosos?
“Autenticidade”
06 de janeiro de 2025
IMAGEM: FOTO REGISTRADA POR CELULAR