DA RESPONSABILIDADE NO USO DO TEMPO
Dissipados a que se correm os dias
E tão rápidos
Dos corpos eretos e firmes que outrora eram
Todavia, vede a s'encurvarem agora
E meus olhos a que para trás olham e nest'hora indagam:
Arrepender: ... tempo psicológico!
Do real tempo que nest'instante não mais retorna
Quais ondas do mar cujas espumas se atiram nas praias
A que absorvidas ou engolidas serão nas areias
Ou como os vendavais a varrerem para bem longe as folhas que caem
Presente vivo: ... Tempo de viver!
Ou seria, na verdade, tempo de aprender?
Mas, haveria aqui nest'exílio maior escola que nossos erros?
E, olhando-nos neste prazo, alguém acaso se conheceria?
Dos dormentes olhos que nada percebem no tempo e nada se aprende
E medrosos caminhamos ininterruptamente n'agonia de nossos dias
Tempo arrependido: ... Do qu'então se fez?
Porém, caso arrependeu-se não seria visto que agora aprendeu?
Então, de form'alguma foi tempo perdido
Oh! Quanta responsabilidade no uso do tempo!
Do tempo que vem ... e que vai ... e que não mais volta
Mas, e s'ele voltasse?
(Pelo que a Vida ou Deus assim permitisse?)
Ai, quão irresponsável não seria então Deus e a Vida!?
Não, absolutamente!
Nem quero pensar nisto
Recuso-me a estender tal pensamento ... no tempo
Até porque já me alonguei [por] demais
04 de janeiro de 2025
IMAGENS: FOTOS REGISTRADAS POR CELULAR