OS FORTES TAMBÉM SENTEM MEDO
Fobia viva, persisitente e inquietante
A furtar-me a alma em seu prazo d'agora
Do pavor a me assaltar nest'instante
A me privar do gozo a que se debanda e de mim está, então, a fugir
Seria real?
Seria, talvez, uma fantasiosa sombra?
Ou, quem sabe, somente um hostil "fantasma mental"?
A que teima me atacar ... e me amedrontar
E nesta hora me arrepio de nervoso
A tremer-me por inteiro
N’uma palidez a se desenhar sobre minha pele
(Que de form’alguma a quero)
E, portanto não seria o medo nossa pior e mais nefasta ... "cadeia"?
Sim, se alma está livre, não pode ser escrava do medo
Na verdade, não pode ser escrava de nenhuma "expressão mental"
Não pode ser escrava ... de nada
Mas, tudo é efêmero ...e, portanto, tudo passa
E embora eu saiba de cor tais sentenças,
todavia não fica sempre em minha cabeça
E, portanto, esqueço tudo o que m'ensinaram ... os sábios
Ah, que se atire em mim a primeira pedra quem aqui jamais teve medo
Mas, que se fica de consolo pela verdade a que creio:
"Os fortes também sentem ... medo"
04 de janeiro de 2025
IMAGENS: FOTOS REGISTRADAS POR CELULAR