Sou um Vapor
Sou um Vapor
Não desvendo-me,
mas espalho-me;
não cubro-me,
porém calo-me!
Sou o pseudônimo dos autores
que transcrevem horrores
sobre medos e amores,
tal qual contos e dissabores.
Sou versão incerta
de um estado de alerta,
cantarolando ótima destreza;
sinônimo de transparência,
quentura em alta frequência,
desvendando sempre
minha versão poética.
Entre lutas e vinganças,
o ocultar do barulho
e a demanda,
a quentura que se propaga,
a luz que se apaga,
a sensação do mau haja
combinado ao arrepio da pele
e à péssima fragrância.