Rio: A cidade da tristeza e do caos
O narcotráfico já não pertence mais a uma área delimitada às comunidades há muito tempo. Ele desceu pro asfalto e vem se expandindo depressa. Já tem área de milícia na zona Norte e não vai demorar muito a chegar a Zona Sul - o que seria uma "esperança" de abertura de olhos, já que a Zona Oeste é esquecida, e a Zona Norte está se transformando numa nova Zona Oeste. Ontem eu soube que em uma área de Bangu, moradores que chegam do trabalho, possuem o celular revistado, em especial, as convesas do Whatsapp. O futuro do estado do Rio de Janeiro nos revelará um cenário pós-apocaliptico, que de forma gradual, poderemos nem perceber a diferença quando alcançarmos isso. Os narcoguerrilheiros, isso é, facção criminosa e Milícia, terão tecnologia militar para bater de frente com o estado e as forças armadas. Se considera um exagero, basta ver o poder bélico deles. Estratégia militar, roupa militar, armamento militar, arma com calibre antiaéreo, atiradores de elite, drones, lança mísseis e guerrilheiros com experiência de guerra sendo recrutados. Só na cabeça de alguém muito ingênuo e limitado intelectualmente pra achar que nosso estado possua alguma vantagem de se viver ou alguma elegância e orgulho de se dizer ser Carioca. Não é só um problema político. Voto nenhum vai resolver o problema. É cultural. O obstáculo é a própria sociedade - boa parte dela - pois minimiza a violência e romantiza o crime, reservando seu cérebro apenas para a diversão do final de semana, o futebol e a tão esperada época do carnaval. Estamos no final de 2024, mas somos a mesma matéria, o mesmo arcabouço de quem viveu em 80 d.C., ansiosos para ver seus gladiadores favoritos na arena, em exibições de combate, no auge do Coliseu. É irreversível.