O sono (sonho) da razão produz monstros
Os direitos não salvam nem os homens, nem um pensamento que se reterritorializa sobre o Estado democrático. E é preciso muita inocência, ou safadeza, a uma filosofia da comunicação que pretende restaurar a sociedade de amigos ou mesmo de sábios, formando uma opinião universal como "consenso" capaz de moralizar as nações, os Estados e o mercado. (...) Artaud dizia: escrever para analfabetos, falar para afásicos, pensar para os acéfalos. O pensador não é acéfalo, afásico ou analfabeto, mas se torna. O sono da razão produz monstros. (Goya) É uma questão do devir.
DELEUZE, G.; GUATTARI, F. O que é a filosofia? São Paulo: Editora 34, 2010, p. 58.
ARTAUD, Antonin. Van Gogh: o suicida da sociedade. Tradução: Ferreira Gullar. Rio de Janeiro: José Olympio, 2003, p. 53.