Num Domingo.
Num Domingo.
Aquele homem acartado em sua profissão, esperava o momento certo para usar seu conhecimento. Haviam tantos conhecedores a serem usados, tantas mentes brilhantes, sem qualquer brilho no olhar. Fui um destes. Escritor, um bom dialogador, que, viu-se sem ter com quem dialogar sobre o que sentia, via, ou, vivia.
Neste momento, peguei-me fazendo uma abreugrafia da minha vida em particular, das minhas atitudes em si, para entender quê, por si só, haviam tantos erros na tentativa vã de acertar. Eram erros tão asseados, tão limpos, tão claramente distintos, ao ponto de vê-la em lágrimas pelos machucados causados pelas minhas infantilidades de ser. Num ajantarado domingo, naquele maldito dia dominical, uma segunda pessoa entrou em cena trazendo consigo um gosto amargo no finalzinho de tarde, pois, era tarde demais reverter o quadro, e assim, você se foi.
Sim!.. Você se foi.
Ao perceber a bagatela que fora o seu doar a nosso amor, que nosso conto de fadas não passara de uma balela ao meu olhar cheio de mim mesmo. Hoje, revendo a história, percebi que aquele empreendimento enorme, nada mais era do que uma birosca onde fazia um marketing autêntico sem dar o devido valor. Borocoxô, tendo como companhia uma taça de vinho tinto, uma quantidade enorme de cacarecos do velho sentimento, cheio de prazeres cafonas das aventuras obtidas ao longo dos anos, mergulhado nos cafundós de minha insanidade percebo o quão chinfrim esses amores caretas não valeu a perda do seu real amor dedicado com tamanha verdade.
Agora eu sei.
À perdi por caprichos tão chumbregas.
Desmantelei nosso castelo, deixando apenas as ruinas.
Deveras ter tido a maturidade pedida tantas vezes nos encontros do sofás.
Devia ter dado o elã merecido a cada manhãs.
Esfarrapado e sem força, estripado pela própria mão, é do meu olhar quase cego que sangra as lágrimas de dores desse término.
Texto: Num Domingo.
Autor: Osvaldo Rocha Jr.
Data: 08/12/2024 às 18:15