NEFASTOS SENTIMENTOS
“Não posso escolher como me sinto,
mas posso escolher o que fazer a respeito”
(William Shakespeare)
A dor ...
É real?
O delírio ...
É real?
A dor ...
Com certeza ...
Para quem [a] sente ... ela é real, sim
É claro
O delírio ...
Ele também é real
(Para quem nele acredita)
A dor e o delírio, então ...
Longe deles oh! como somos tão fortes!
Fortes?
Ah! Pura ilusão
Fortaleza na cabeça do soldado que não está na guerra
E, portanto, por s’encontrar no conforto dos quartéis, acredita ser forte
(Quando não é!)
A dor ... e o delírio
Em certas horas escutamos suas impiedosas vozes
E diante seus assaltos assustamos e estremecemos
E choramos (como crianças morrendo de medo e de pavor,
e até nos desesperamos)
A agressão que fere
O maldito fantasma que nos persegue
E quando contra nós atuam, como são rápidos seus movimentos
(Sem mandar nenhum “aviso prévio”)!
Mas que ninguém s’envergonhe ante suas quedas
Afinal, até Cristo caiu [durante o seu caminho ... para o calvário]
E o que é a vida senão o caminhar cada qual para o seu “Gólgota”?
Tememos o qu’evitamos (ainda que nem tanto conhecemos)
Mas também nest’instante o desejo insurge
Como uma maneira de revidar o golpe
E assim, a procurar nos proteger, é claro
Mas quem alimenta e fortifica nossos medos e delírios?
A verdade é que não sabemos (de nada)
E, certamente, por nos faltar a luz do discernimento, então sofremos
E abrigamos, ainda que sem querer, suas impressões dentro de nós
Oh! A pobre alma ...
Quem dera se compreender pudesse tudo o que à ela [se] chega
Onde o seu conhecimento seria sua principal arma
Mas, e não seriam necessárias nossas [sutis] “guerras”?
Ao que não percebemos isto
Ou então, na verdade, não queremos
E procuramos evitá-las
Contudo, eis aqui a vida nos obrigar no exercício d’arte da guerra!
E nest’hora me lembro d’outros dois conhecidos sentimentos:
O amor e a paixão
Seriam "dores" ... ou seriam ... "delírios"?
Sim, o amor às vezes machuca
E a paixão como tantas vezes (à mente) engana
E, portanto, [para nós] mente
A saudade e o desejo!
Ambos filhos do tempo
Ao que ela –a saudade – muitas vezes nos faz chorar
E o desejo a mexer até com nossa somática estrutura
Da saudade a produzir ... tantas lágrimas
E do desejo a fabricar adrenalina, sudorese, tremores ...
Estando, então, a produzir – ambos – algia e fantasia
Mas, e aqui retorno à pergunta:
Seriam reais em suas estruturas e formas?
Para quem neles acredita ou sente são, sim
São muito reais
05 de dezembro de 2024
IMAGENS: FOTOS REGISTRADAS POR CELULAR
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FORMATAÇÃO SEM AS ILUSTRAÇÕES
NEFASTOS SENTIMENTOS
“Não posso escolher como me sinto,
mas posso escolher o que fazer a respeito”
(William Shakespeare)
A dor ...
É real?
O delírio ...
É real?
A dor ...
Com certeza ...
Para quem [a] sente ... ela é real, sim
É claro
O delírio ...
Ele também é real
(Para quem nele acredita)
A dor e o delírio, então ...
Longe deles oh! como somos tão fortes!
Fortes?
Ah! Pura ilusão
Fortaleza na cabeça do soldado que não está na guerra
E, portanto, por s’encontrar no conforto dos quartéis, acredita ser forte
(Quando não é!)
A dor ... e o delírio
Em certas horas escutamos suas impiedosas vozes
E diante seus assaltos assustamos e estremecemos
E choramos (como crianças morrendo de medo e de pavor,
e até nos desesperamos)
A agressão que fere
O maldito fantasma que nos persegue
E quando contra nós atuam, como são rápidos seus movimentos
(Sem mandar nenhum “aviso prévio”)!
Mas que ninguém s’envergonhe ante suas quedas
Afinal, até Cristo caiu [durante o seu caminho ... para o calvário]
E o que é a vida senão o caminhar cada qual para o seu “Gólgota”?
Tememos o qu’evitamos (ainda que nem tanto conhecemos)
Mas também nest’instante o desejo insurge
Como uma maneira de revidar o golpe
E assim, a procurar nos proteger, é claro
Mas quem alimenta e fortifica nossos medos e delírios?
A verdade é que não sabemos (de nada)
E, certamente, por nos faltar a luz do discernimento, então sofremos
E abrigamos, ainda que sem querer, suas impressões dentro de nós
Oh! A pobre alma ...
Quem dera se compreender pudesse tudo o que à ela [se] chega
Onde o seu conhecimento seria sua principal arma
Mas, e não seriam necessárias nossas [sutis] “guerras”?
Ao que não percebemos isto
Ou então, na verdade, não queremos
E procuramos evitá-las
Contudo, eis aqui a vida nos obrigar no exercício d’arte da guerra!
E nest’hora me lembro d’outros dois conhecidos sentimentos:
O amor e a paixão
Seriam "dores" ... ou seriam ... "delírios"?
Sim, o amor às vezes machuca
E a paixão como tantas vezes (à mente) engana
E, portanto, [para nós] mente
A saudade e o desejo!
Ambos filhos do tempo
Ao que ela –a saudade – muitas vezes nos faz chorar
E o desejo a mexer até com nossa somática estrutura
Da saudade a produzir ... tantas lágrimas
E do desejo a fabricar adrenalina, sudorese, tremores ...
Estando, então, a produzir – ambos – algia e fantasia
Mas, e aqui retorno à pergunta:
Seriam reais em suas estruturas e formas?
Para quem neles acredita ou sente são, sim
São muito reais
05 de dezembro de 2024