Fácil complexo
Fácil complexo
Onde começa o entendimento de um texto? Entre as linhas que escrevo, talvez a complexidade do entendimento não alcance o centro do córtex para alguns; talvez nem mesmo toque o núcleo da indagação. A incógnita persiste. A roda não gira. A inércia domina, do início ao fim — alfa e ômega —, duas paralelas separadas por vértices distantes de lucidez.
Entre fórmulas e desvios, alguns sinais indicam o saber, mas o cálculo objetivo complica o raciocínio lógico. Elimina fatores que são visíveis, mas nunca completamente compreendidos. É como observar triângulos opostos que se equilibram dentro de um quadrado, circunscrito por um círculo. O único ponto de partida é aquele dentro do ponto central, onde tudo converge e se dispersa.
Dentro desse círculo, átomos e íons giram em agitação caótica, como pipocas ao fogo. Eles pulam e saltam, atravessando barreiras e tocando o espaço infinito do saber, provocando faíscas de entendimento que se acendem e se apagam.
Nesse fluxo, os pensamentos colidem, dividem-se e criam um aglomerado de situações sem solução imediata. É preciso separar aquilo que já se entende — o que se encaixa no círculo do conhecido — daquilo que permanece inexplorado, orbitando em busca de análise profunda. Somente ao longo do tempo, quando essas ideias isoladas se cruzarem, elas poderão formar algo grandioso, uma síntese que transcende o caos inicial e revela um novo horizonte de conhecimento.