INCERTEZAS DO AMANHÃ

 

“É a incerteza que nos fascina.

Tudo é maravilhoso entre brumas”.

(Oscar Wilde)

 

D’onde vem o que colhi?

Transportará (é certo) d’aqui par’outro lugar ... (qu’eu não sei o que m'espera)

E ali chegará ... e entrará (inevitavelmente)

Viria a "ser" ou somente a "estar", ao que voltaria par’o mesmo lugar?

Não, não retornará para d’onde veio

Oh, não!

De tudo o que nesta vida se fez e se faz e, portanto, se colhe

Nada volta

 

O que vem ... depois?

Sim, pergunto agora:

O que vem ... e o que virá ... depois?

Um "depois" que nem tanto demora!

 

O que virá depois ... deste minuto?

Não sei ... (ninguém sabe)

O que virá depois ... dest’hora?

Não sei ... (ninguém sabe)

O que virá depois ... deste dia?

Não sei ... (ninguém sabe)

O que virá depois ... deste ano?

Não sei ... (ninguém sabe)

O que virá depois ... desta vida?

Não sei, ... não sei, ... não sei, ... (ninguém sabe...)

 

As vidraças do futuro ... oh! quão sujas estão!

Não vejo luz, não vejo nada (ninguém vê)

É tão nublado!

É tão escuro ... o futuro!

 

Mas, e então, insisto em saber:

O que vem ou o que virá ... depois?

Alguém saberia?

Alguém aqui responder poderia?

Alguém colocaria sua mão no fogo pelo que [antecipadamente] não sabe?

 

O misterioso tempo ... póstero!

O que nos aguarda à frente?

O que estará atrás de suas portas?

 

Contudo, como apostamos (oh, sim!) neste avançar

E arriscamos...

E nos aventuramos...

Mesmo sem ter nenhum "seguro de vida"

(Se errarmos ou perdemos ... a aposta)

 

 

E por que deste modo fazemos?

Seria por destemor ou mais [seria] por insensatez?

Que desmedida coragem se faz então precisa

no agir (ou mesmo no dizer) escuro ou cego!

Pelo que não se sabe o que virá ... depois

Embora há mesmo quem creia que nada, pois, s'haverá

Todavia, quase todos creem, sim, que virá ... "algo"

 

E então (ou... "mas"), o que virá ... depois?

O que virá depois ... pelo meu ato d’agora?

O que virá depois ... pela minha palavra dest’hora?

O que virá depois ... pelo que deixei de fazer ... ou de dizer ... sempre?

O que virá depois ... por tudo aqui feito, ... dito ou mesmo ... omitido?

O que virá? ... O que virá? ... O que virá?

 

“Depois”!?

Ah! Este danado ... “depois”!

Sempre um mistério!...

Sempre uma incógnita! ... (uma impenetrabilidade para a razão)

E sempre mais temido ... do que amado, é fato!

 

No entanto, ainda existem curiosos de saber ... o que virá depois

Que bom!...

(Ou será que, no fundo, somos todos [nós]?)

Embora a grande maioria ... já nem liga

Não, não se importa

Acredita ser perda de tempo

E dizem::

“- Tempo perdido o de querer saber ... o que virá depois”

Ou mesmo alguns creem ser um "sacrilégio” saber o qu’está pela frente

Conhecer o qu’está escondido ... no cofre do tempo (futuro)

 

Sim,teimo em perguntar mais uma vez:

O que virá ... depois?

Sabendo, é claro, que inexoravelmente virá ...

N’ação do que se fez ou na palavra do que se disse ... agora)

 

 

O que ... virá ... depois?

Como ... virá?

Quando ... virá?

Oh! Que ninguém duvide:

Infalivelmente ... virá!

 

02 de novembro de 2024

 

IMAGENS: FOTOS REGISTRADAS POR CELULAR

 

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FORMATAÇÃO SEM AS ILUSTRAÇÕES

 

INCERTEZAS DO AMANHÃ

 

“É a incerteza que nos fascina.

Tudo é maravilhoso entre brumas”.

(Oscar Wilde)

 

D’onde vem o que colhi?

Transportará (é certo) d’aqui par’outro lugar ... (qu’eu não sei o que m'espera)

E ali chegará ... e entrará (inevitavelmente)

Viria a "ser" ou somente a "estar", ao que voltaria par’o mesmo lugar?

Não, não retornará para d’onde veio

Oh, não!

De tudo o que nesta vida se fez e se faz e, portanto, se colhe

Nada volta

 

O que vem ... depois?

Sim, pergunto agora:

O que vem ... e o que virá ... depois?

Um "depois" que nem tanto demora!

 

O que virá depois ... deste minuto?

Não sei ... (ninguém sabe)

O que virá depois ... dest’hora?

Não sei ... (ninguém sabe)

O que virá depois ... deste dia?

Não sei ... (ninguém sabe)

O que virá depois ... deste ano?

Não sei ... (ninguém sabe)

O que virá depois ... desta vida?

Não sei, ... não sei, ... não sei, ... (ninguém sabe...)

 

As vidraças do futuro ... oh! quão sujas estão!

Não vejo luz, não vejo nada (ninguém vê)

É tão nublado!

É tão escuro ... o futuro!

 

Mas, e então, insisto em saber:

O que vem ou o que virá ... depois?

Alguém saberia?

Alguém aqui responder poderia?

Alguém colocaria sua mão no fogo pelo que [antecipadamente] não sabe?

 

O misterioso tempo ... póstero!

O que nos aguarda à frente?

O que estará atrás de suas portas?

 

Contudo, como apostamos (oh, sim!) neste avançar

E arriscamos...

E nos aventuramos...

Mesmo sem ter nenhum "seguro de vida"

(Se errarmos ou perdemos ... a aposta)

 

E por que deste modo fazemos?

Seria por destemor ou mais [seria] por insensatez?

Que desmedida coragem se faz, então, precisa

no agir (ou mesmo no dizer) escuro ou cego!

Pelo que não se sabe o que virá ... depois

Embora há mesmo quem creia que nada, pois, s'haverá

Todavia, quase todos creem, sim, que virá ... "algo"

 

E então (ou... "mas"), o que virá ... depois?

O que virá depois ... pelo meu ato d’agora?

O que virá depois ... pela minha palavra dest’hora?

O que virá depois ... pelo que deixei de fazer ... ou de dizer ... sempre?

O que virá depois ... por tudo aqui feito, ... dito ou mesmo ... omitido?

O que virá? ... O que virá? ... O que virá?

 

“Depois”!?

Ah! Este danado ... “depois”!

Sempre um mistério!...

Sempre uma incógnita! ... (uma impenetrabilidade para a razão)

E sempre mais temido ... do que amado, é fato!

 

No entanto, ainda existem curiosos de saber ... o que virá depois

Que bom!...

(Ou será que, no fundo, somos todos [nós]?)

Embora a grande maioria ... já nem liga

Não, não se importa

Acredita ser perda de tempo

E dizem::

“- Tempo perdido o de querer saber ... o que virá depois”

Ou mesmo alguns creem ser um "sacrilégio” saber o qu’está pela frente

Conhecer o qu’está escondido ... no cofre do tempo (futuro)

 

Sim,teimo em perguntar mais uma vez:

O que virá ... depois?

Sabendo, é claro, que inexoravelmente virá ...

N’ação do que se fez ou na palavra do que se disse ... agora)

 

O que ... virá ... depois?

Como ... virá?

Quando ... virá?

Oh! Que ninguém duvide:

Infalivelmente ... virá!

 

02 de novembro de 2024

 

Carlos Renoir
Enviado por Carlos Renoir em 02/12/2024
Reeditado em 02/12/2024
Código do texto: T8210009
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