"O ACASO NÃO BASTA, É PRECISO REBELAR-SE CONTRA ELE"

 

Na magia das possibilidades do que se é visto,

e eis que nascem as formas ... (todas)

Todavia, seria "por acaso"?

Não creio

Ao que paridas foram pelo útero do tempo

Mas há até quem diga que vieram do "nada"

Embora nisto eu não creio

 

Não, ... não, ... não

"O acaso não basta, e assim, faz-se preciso rebelar-se contra ele"

Ao que assim disse um grande amigo meu

 

Deste enigma que s'esconde à luz do intelecto

Porém, degustados tão se faz ante os olhos d'alma

E assim são elas: as formas

E ali [elas] estão: no palco deste místico espaço

(ainda que dele tanto já acostumamos, e por isso não mais vibramos)

Mas também do tempo, oh, sim!

(deste que tão pouco o compreendemos)

 

Ó mística e dinâmica vida!

A pairar-se no plasma quântico deste ilimitado e fantástico palco (e tão "vital")

Repleto de mil imagens e formas que se unem e se abraçam

Embora às vezes a aparentar que se odeiam

No cosmos e caos a seguirem no tempo, e assim ... se completam

No "ordinário" do que os olhos veem

Gerados do "extraordinário" do qu'eles desconhecem

Contudo, sempre com algum propósito

Do contrário não se haveriam

 

E, portanto, as formas não nascem do acaso

Oh! Simplesmente não podem

Um absurdo

Do acaso que não se bastaria, conforme se disse, já qu’ele não existe

Como não existe tampouco ... a morte

 

Todavia, fico-me nest'instante a pensar:

Estaria, desde o início, o Nada a se rebelar contra o Tudo?

Já que nada a ele é atribuído do que no espaço s'existe?!

 

E, portanto, e ao que ninguém pode negar, toda glória se dá para o Tudo!

Mas, e o que sobra para o Nada?

Simplesmente ... nada (já que o "nada"... não existe)

 

28 de novembro de 2024

 

IMAGEM: FOTO REGISTRADA POR CELULAR

 

Carlos Renoir
Enviado por Carlos Renoir em 28/11/2024
Reeditado em 28/11/2024
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