VERDADEIROS POBRES ... E RICOS
Qual chama da vela a se fulgurar no aguado pires que a sustenta
E desta forma é:
De seu brilho que num'hora se faz, todavia eis que se apagará
No que se gasta e se agoniza no tempo, deste que a todos [sem piedade] esmaga
Contudo, nem se dá conta de que tão rápido se findará
Oh! Mórbida e insana vaidade pelo que aqui velozmente s'esgota
Ao que tanto se alucina pela glória
A ponto d'esquecer que é ... efêmera e vã (como tudo neste mundo e tempo)
Porém, quanto a ela se apega!
E muitos por ela se matam
Ou a outros até matam!
Ó miseráveis "humanos barros" deste débil prazo
A que corroídos são por seu orgulho e soberba
De seu nefasto perfume a lhe subir à mente ... a tanto entorpecê-la
Todavia quanto lhe polui a alma!
(Agora tonta e cambaleante pela peçonha de seu devaneio)
Oxalá fôsseis quais simples [e não tão exuberantes] flores
Daquelas que s'escondem nos jardins e nos matos
Pelo que poucos as atentam e, portanto, não as olham
Já que não tanto (ou nada) s'encantam com seus desenhos e formas
Mas cuja fragrância se faz mais viva [do] que muitas formosas rosas
E destarte se revelam pelo que nest'hora não podem mais s'esconder
Ao que deste modo se conclui:
Pobre bobo ... s'exibe
Rico esperto (e, sobretudo, de alma nobre) ... s'esconde
O referido pobre ... por vaidoso e tolo a que é
O devido rico ... por ser humilde e sensato
(Até porque, sendo inteligente, pelo que se oculta, não deseja ser ... roubado)
Definitivamente este tipo de pobre merece ser ... "estudado"
27 de novembro de 2024
IMAGEM: INTERNET