DE CARONA...
Pensamento ermo sutil meu,
Viaja ele ao léo afora pelo céu,
De impulso ao vento vil cruel,
Que, pois, nunca se esqueceu...
Se esquecer de levar consigo
Meu pensamento arredio,
Igual a ele ainda não se viu,
Pensamento que me é comigo...
Eu digo, tal, seu dono o sou,
Faço dele o que bem imagino,
Eu e ele, dois peregrinos,
Por onde ele vai também vou...
Não preciso sair do meu lugar,
O meu pensamento se decide
E visita todos os sutis limites
Se atendo de coisas à me contar...