A VIDA: SERIA UM SONHO RECORRENTE?
“... Surge, qui dormis,
et exsurge a mortuis...”
“... Desperta, ó tu que dormes,
levanta-te dentre os mortos ... "
(Efésios 5:14)
Sonhos
Sonhos mesmos (literalmente falando, e não em sentido ... figurado)
Longe das horas despertas ... (das vigílias)
Às vezes calmos, outras vezes a [muito] afligir a pobre alma
No que dentro dela [nestas horas] se alterna entre sabores e horrores
A navegar em suas ondas (oscilantes) a que sempre se misturam
Entre delícias e torturas
E de sua vista umas às outras a acompanhar em seus movimentos
(No meio de dramas e comédias e fazendo de quem sonha o ator principal)
Sonhos
Como nos embalam!
D’alma que num’hora ri e n’outra soluça e chora (pelo tanto que se apavora)
Faz parte do processo
Sonhos
Mas afinal, de que "substância" são feitos?
Quem seria o principal "agente"?
Poderia haver uma visão consciente do subconsciente?
Ou seria o sonho uma imagem inconsciente escondida
a qu’estaria em nosso tão pouco conhecido “consciente”?
Sim, talvez não conhecemos tão bem o que chamamos de "consciente"
Ou, na verdade, não sabemos nada sobre ele (e menos ainda sobre nós próprios!)
Ah! O enigmático “campo mental” ...
Que "máquina" fantástica!
E nela a ser, quem sabe, a verdadeira morada [ou "fábrica"] dos sonhos!
Sonhos
Imagens e sons
E até táteis
E [neles] quantas palavras vivas ...
N’um místico solilóquio a se fazer n’alma num’hora a ser só dela
E aqui eu pergunto:
Poderiam os cegos “ver” durante os sonhos?
Poderiam os surdos “ouvir” (literalmente) quando sonham?
Sonhos
Fugazes sombras, ou espectros em suas formas?
Não, não, não ...
Sonhos (reais) ... em todas horas dormidas (dos sonos)
E assim eis nossa vida:
Dividida entre tempos reais e também surreais
Sonhos
Haveria alguém que a eles não se prenderia?
Sonhos
Tempos mentais a que seriam [e] somente isto?
Talvez não
Por que a realidade é também vista pela mente
Bem como nela produzidos são todos os sonhos
Sonhos, sonhos, sonhos
Sonhos mesmos (não, como antes disse, em sentido figurado)
Da mente a que s’entrega às horas soníferas
E n’um dinâmico tempo entra (aprofunda)
E nessas horas de tudo se desliga
Hiberna
Sonhos
Memórias vividas, ... lembranças, ...
ou imaginações futuras e desconhecidas?
Neste caso, seriam também premonições
Pergunto-me, pois, agora:
- Quantas vezes já sonhei?
Quantas vezes?!
Sempre qu’eu dormi
Sim, todas as vezes que eu adormeci
Sonhos
E em cada sonho uma fugidia vida, um breve viver
Até finalmente acordar
Mas, por que a maioria dos sonhos foge da memória?
Sim, por que não lembramos quase nunca de nossos sonhos?
E quanto ao nosso diário viver!?
Seria de fato a “real realidade” ou seria também um "sonho"?
A realidade!
E então ...
O que denominamos “realidade” seria mesmo "real"?
E por que [deste modo] acreditamos que seja?
Quem sabe por que todos os dias vemos quase as mesmas pessoas,
os mesmos cenários, tocamos as mesmas coisas, vivemos as mesmas rotinas ...
Mas seria tudo, de fato, “o mesmo”?
Ou será que não estamos "sonhando (literalmente) acordados",
onde o que temos aqui são, na verdade, "sonhos recorrentes"?
Um diz, quem sabe, acordaremos ...
para nunca mais ... dormir
Ou dormiremos para nunca mais ... acordar
25 de novembro de 2024
IMAGENS: FOTOS REGISTRADAS POR CELULAR
************************************
FORMATAÇÃO SEM AS ILUSTRAÇÕES
A VIDA: SERIA UM SONHO RECORRENTE?
“... Surge, qui dormis,
et exsurge a mortuis...”
“... Desperta, ó tu que dormes,
levanta-te dentre os mortos ... "
(Efésios 5:14)
Sonhos
Sonhos mesmos (literalmente falando, e não em sentido ... figurado)
Longe das horas despertas ... (das vigílias)
Às vezes calmos, outras vezes a [muito] afligir a pobre alma
No que dentro dela [nestas horas] se alterna ... entre sabores e horrores
A navegar em suas ondas (oscilantes) a que sempre se misturam
Entre delícias e torturas
E de sua vista umas às outras a acompanhar em seus movimentos
(No meio de dramas e comédias e fazendo de quem sonha o ator principal)
Sonhos
Como nos embalam!
D’alma que num’hora ri e n’outra soluça e chora (pelo tanto que se apavora)
Faz parte do processo
Sonhos
Mas afinal, de que "substância" são feitos?
Quem seria o principal "agente"?
Poderia haver uma visão consciente do subconsciente?
Ou seria o sonho uma imagem inconsciente escondida
a qu’estaria em nosso tão pouco conhecido “consciente”?
Sim, talvez não conhecemos tão bem o que chamamos de "consciente"
Ou, na verdade, não sabemos nada sobre ele (e menos ainda sobre nós próprios!)
Ah! O enigmático “campo mental” ...
Que "máquina" fantástica!
E nela a ser, quem sabe, a verdadeira morada [ou "fábrica"] dos sonhos!
Sonhos
Imagens e sons
E até táteis
E [neles] quantas palavras vivas ...
N’um místico solilóquio a se fazer n’alma num’hora a ser só dela
E aqui eu pergunto:
Poderiam os cegos “ver” durante os sonhos?
Poderiam os surdos “ouvir” (literalmente) quando sonham?
Sonhos
Fugazes sombras, ou espectros em suas formas?
Não, não, não ...
Sonhos (reais) ... em todas horas dormidas (dos sonos)
E assim eis nossa vida:
Dividida entre tempos reais e também surreais
Sonhos
Haveria alguém que a eles não se prenderia?
Sonhos
Tempos mentais a que seriam e somente isto?
Talvez não
Por que a realidade é também vista pela mente
Bem como nela produzidos são todos os sonhos
Sonhos, sonhos, sonhos
Sonhos mesmos (não, conforme antes disse, em sentido figurado)
Da mente a que s’entrega às horas soníferas
E n’um dinâmico tempo entra (aprofunda)
E nessas horas de tudo se desliga
Hiberna
Sonhos
Memórias vividas, ... lembranças, ...
ou imaginações futuras e desconhecidas?
Neste caso, seriam também premonições
Pergunto-me, pois, agora:
- Quantas vezes já sonhei?
Quantas vezes?!
Sempre qu’eu dormi
Sim, todas as vezes que eu adormeci
Sonhos
E em cada sonho uma fugidia vida, um breve viver
Até finalmente acordar
Mas, por que a maioria dos sonhos foge da memória?
Sim, por que não lembramos quase nunca de nossos sonhos?
E quanto ao nosso diário viver!?
Seria de fato a “real realidade” ou seria também um "sonho"?
A realidade!
E então ...
O que denominamos “realidade” seria mesmo "real"?
E por que [deste modo] acreditamos que seja?
Quem sabe por que todos os dias vemos quase as mesmas pessoas,
os mesmos cenários, tocamos as mesmas coisas, vivemos as mesmas rotinas ...
Mas seria tudo, de fato, “o mesmo”?
Ou será que não estamos "sonhando (literalmente) acordados",
onde o que temos aqui são, na verdade, "sonhos recorrentes"?
Um diz, quem sabe, acordaremos ...
para nunca mais ... dormir
Ou dormiremos para nunca mais ... acordar
25 de novembro de 2024