Se espia!

Ficar menor. Olhar pra dentro. Evoluir.

Era amor e, por coerência, sempre será.

Não se arranca de si o que está impregnado,

o que ocupa um lugar cativo.

Não se faz verão com uma andorinha,

mas uma só, umazinha, deixa o inverno mais triste. Ô se deixa!

Então, é preciso sim, ficar menor.

Sendo uma insignificância, se enxerga longe. A soberba não usa óculos porque acha que não precisa, mas vê mal, porque vê só o que quer. Tem a vista retorcida, embaçada... Ruim! Ruim!

Bom mesmo é ser miudinho. Capaz de se infiltrar no próprio estômago, se ver de dentro. Deixar de ser cegueta, se enxergar! Ver que a gente não tá com essa bola toda. Vista bonita é um mundo a partir de nós! Sobretudo quando somos capazes de nos saber. Aí é lindo! Festança interior. Um verão feliz, um bater asas de andorinha!

E é incrível como o outro deixa de ser feio! Se espia! Não custa tentar!