Recaídas
E se a gente se vê outra vez,
Sem que ninguém saiba nesta cidade,
Já que não é errado querer saciar essa vontade,
Amanhã a gente esquece o que fez.
Essas recaídas, sempre voltam sem avisar,
Quando a saudade aperta, é difícil controlar,
Te espero naquele mesmo lugar,
Naquele banco de praça, onde costumávamos conversar.
E se a gente se vê, uma última noite talvez,
Sem promessas, sem planos, sem pensar no depois,
Só nós dois, no silêncio da madrugada,
Deixando o tempo parar, sem dizer mais nada.
Outra vida, outras histórias que a gente viveu,
Mas ainda há um pedaço seu que não se perdeu,
Talvez seja só o desejo ou um resto de amor,
Mas eu volto a te procurar, mesmo com essa dor.
E se a gente se vê, apenas uma última vez,
Deixa os olhares falarem, sem precisar de porquês,
Que seja intenso e breve, como as noites que já foram.
Sem passado ou futuro, e mesmo que dure pouco,
E que a lembrança permaneça, como o brilho de um sonho louco.