DERRUBOU OS PODEROSOS DE SEUS TRONOS

 

      Morreu, finalmente, o último e vaidoso troglodita da terra
   Tão cruel e rígido a que neste tempo foi

        E tão sarcástico!
 De suas mãos tiranas cuja misericórdia não, pois, conhecia
     E tão sujas de sangue ...!
 Na violência a que muito [dela] se aprazia e qu'era então sua maior

     glória (em "seus" dias)!

 

Contudo, quão iludido pelo que poderoso e [até mesmo] "eterno" se acreditava!

       (Como a querer se igualar ao próprio Deus)
    Todavia, vede qu'ele não mais aqui se haveria!
  Este que matou tantos (na verdade, todos) inocentes do mundo

  

    Mas eis que chegara su'hora

           E isolado [de todos] s'encontrara

       Ao que não contava com mais ninguém

   Na verdade, nunca teve "verdadeiros amigos"

     Mas somente bajuladores e, portanto, hipócritas aduladores

  Enquanto [é claro] confundido era por estes ... com Deus

   E em razão disto cegamente o adoravam

   Contudo, eis que viveu ... e morreu ... solitário!

 

   Não! Não sobrou ninguém para lhe encaminhar seu corpo à cova
 E assim, carcomido foi pelos vorazes abutres do céu
     Consumido foi, então, pelos vermes da terra

 

24 de novembro de 2024

 

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O Pincel e a Paleta
Enviado por O Pincel e a Paleta em 24/11/2024
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