Retornando da Viagem.

Trovões, raios e relâmpagos, encenam um teatro de natureza sem igual. Chuva compreende as lágrimas forjadas pela íris verde do meu olhar. Poeira assenta a pedido do tempo, o tempo, enganado por achar ser um mero temporal, não percebe a natureza em volta entristecida pelo meu partir.

A partida triste, encanta todo desencanto desse ato, revela sentimentos verdadeiros, longe de ser fictício, ou, apenas um sentir. Arrumando a moto, banhado pelos pingos d'água olho aqueles na varanda a olhar-me com pesar na face. Estes mesmos pingos, recaem nas telhas entoando um choro natural do adeus invisível, mas, existente nas mãos deste mesmo alguém posto na varanda da casa que me acolheu.

Tudo pronto. A chuva antes melancólica, torna-se torrencialmente feroz, uma árvore cai sob o calor do raio refletindo, que, embora retornando da viagem, deixo meu amor e calor aos tantos que receberam-me com alegria e simpatia.

O momento se aproxima, a minha frente a estrada para o Bagres, logo em seguida a rodovia levando-me ao meu lugar de origem, meu lar, minha família, mesmo distantes, ainda é uma estrada onde sigo...

Texto: Retornando da Viagem.

Autor: Osvaldo Rocha Jr.

Data: 23/11/2024 às 16:29