Fertilidade da vida fútil
Pela vida sedutora,
na dança cíclica,
da posse, do status, da vaidade,
que piscam para se apagar.
Perseguimos o vento,
corremos atrás de sombras,
que desaparecem ao cair da luz.
É nossa fragilidade
que se conforta no ilusório.
Futilidades não são distrações.
São espelhos perversos,
refletindo o vazio,
que tememos encarar.
Cada objeto almejado, cada aplauso conquistado,
parece gritar:
"Você é suficiente agora?"
Filosofar sobre o vazio
é um paradoxo.
A vida, embora fútil, é fértil,
e nas suas trivialidades, descobrimos,
não o sentido, mas a experiência.
Que este flash não nos escravize,
mas nos ensine
soltar o peso do sempre,
e flutuar no breve momento do agora.