MINHA AMADA SOLIDÃO
“Sim, minha força está na solidão.
Não tenho medo nem de chuvas tempestivas
nem das grandes ventanias soltas,
pois eu também sou o escuro da noite”
(Clarice Lispector)
Ó pensamentos a que tão pouco (ou nada) são amados!
Que faria o pobre homem s’estivesse sozinho à deriva do universo?
Quanta miséria meu Deus!
As pessoas d’hoje “precisam” estar ocupadas ou entretidas co’alguma coisa
Visto que n’ausência do que fazer, se sentiriam, pois como que mortas
Por que é tão odiada a solidão?
Por que ninguém suporta estar acompanhado apenas de seus pensamentos?
Não, não é fuga [não]
Não se trata de fugir nem de isolar [dos outros]
É, na verdade, um encontro (consigo mesmo)
A quietude e o silêncio!
Ah! Se um dia queridos por todos fossem,
... decerto a paz descoberta seria
D’alma a que para o céu voaria (mesmo sem deixar [ainda] a terra)
Causa pena ver tantos no estado em qu’estão:
Ao que não conseguem ficar ... sozinhos
Quando não tinham os entretenimentos, o que faria a alma, então? ...
Ah! A moderna indústria das distrações e divertimentos ...
Porém, eu me refiro ao que se abre na janela da sala: A televisão
Tão diferente os passatempos d’outrora (comparados com hoje):
A qu’eram os piqueniques, ... o passeio nos parques, ... a visita aos museus ...
Ou as apresentações de teatro, ... música, ... óperas, ... dança ...
Ao que meu pai [deles] falava
Impossível não comparar um tempo c’outro
Quando não tinham (há tempos bem antigos, é claro) os recreios e passatempos
... de hoje
Como muitos sobreviveram (pergunto-vos, agora)?
Quando não tinham as nossas brincadeiras só se podiam contar ...
ou com uma boa prosa [entre amigos]
Ou então, com os próprios pensamentos
E sempre sabendo [aqui]:
Quando não tinham, então, os “nossos” vazios entretenimentos
Pensamentos!
Interessante como quase ninguém se suporta
Estar sozinho ... e meditar
E escutar somente ... a si próprio
Com o corpo inerte e a alma silente (livre)
Chega a ser [hoje] para quase todos ... uma grande tortura
21 de novembro de 2024
IMAGENS: FOTOS REGISTRADAS POR CELULAR
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FORMATAÇÃO SEM AS ILUSTRAÇÕES
MINHA AMADA SOLIDÃO
“Sim, minha força está na solidão.
Não tenho medo nem de chuvas tempestivas
nem das grandes ventanias soltas,
pois eu também sou o escuro da noite”
(Clarice Lispector)
Ó pensamentos a que tão pouco (ou nada) são amados!
Que faria o pobre homem s’estivesse sozinho à deriva do universo?
Quanta miséria meu Deus!
As pessoas d’hoje “precisam” estar ocupadas ou entretidas co’alguma coisa
Visto que n’ausência do que fazer, se sentiriam, pois como que mortas
Por que é tão odiada a solidão?
Por que ninguém suporta estar acompanhado apenas de seus pensamentos?
Não, não é fuga [não]
Não se trata de fugir nem de isolar [dos outros]
É, na verdade, um encontro (consigo mesmo)
A quietude e o silêncio!
Ah! Se um dia queridos por todos fossem,
... decerto a paz descoberta seria
D’alma a que para o céu voaria (mesmo sem deixar [ainda] a terra)
Causa pena ver tantos no estado em qu’estão:
Ao que não conseguem ficar ... sozinhos
Quando não tinham os entretenimentos, o que faria a alma, então? ...
Ah! A moderna indústria das distrações e divertimentos ...
Porém, eu me refiro ao que se abre na janela da sala: A televisão
Tão diferente os passatempos d’outrora (comparados com hoje):
A qu’eram os piqueniques, ... o passeio nos parques, ... a visita aos museus ...
Ou as apresentações de teatro, ... música, ... óperas, ... dança ...
Ao que meu pai [deles] falava
Impossível não comparar um tempo c’outro
Quando não tinham (há tempos bem antigos, é claro) os recreios e passatempos
... de hoje
Como muitos sobreviveram (pergunto-vos, agora)?
Quando não tinham as nossas brincadeiras só se podiam contar ...
ou com uma boa prosa [entre amigos]
Ou então, com os próprios pensamentos
E sempre sabendo [aqui]:
Quando não tinham, então, os “nossos” vazios entretenimentos
Pensamentos!
Interessante como quase ninguém se suporta
Estar sozinho ... e meditar
E escutar somente ... a si próprio
Com o corpo inerte e a alma silente (livre)
Chega a ser [hoje] para quase todos ... uma grande tortura
21 de novembro de 2024