Incerta Certeza
Livros. Publicá-los ou não, eis a questão. Para muitos é um sonho. O ápice de um trabalho árduo em busca da métrica perfeita. Da técnica exata. Dos inúmeros ingredientes para fisgar o leitor. Compreendo, mas não é minha vibe. Eu sou do caos. Da criação intuitiva, catártica. Adoro as folhas lançadas ao vento. Suavemente pousando sobre outros corações. Escrever é minha arte. Minha terapia. Minha companheira. Meu único vínculo real. Onde deixo todo o meu rastro inquieto desse estranho amor. Claro, existem questões práticas que me enchem de preguiça. Às vezes penso nos minutos de alegria quando lancei o primeiro e único livro. Tinha uma aura de encanto, será que eu gostaria de viver tudo isso novamente? Não tenho uma resposta exata para isso. No "por enquanto" eu gosto desse lance digital, dessa partilha um tanto pública, muito particular. Já superei questões maiores de inadequação ou pequenez. Sigo aqui do meu mundinho fazendo o que eu amo, o que me deixa feliz, o que talvez seja também a minha medicina. Escrevo. Isso é o que basta. Primeiro para me salvar, depois para seja lá o que for…
*Si*