AS ESCURAS HORAS DA VIDA

 

“Até que o sol não brilhe, acendamos uma vela na escuridão”

(Confúcio)

 

Sombrios tempos em que as pétalas não mais se abrem

A noite inicia ... e se prolonga, ao que parece não findar

Alvorada demorada ... (ou, quiçá, atrasada?)!

Tudo tão escuro ... (e tão vagaroso)!

Do atroz pesadelo a sacudir a mente

E, destarte, as luzes se ocultam ... e a lucidez se debanda

Quando, pois, chegará o epílogo de tod’essa estória?

 

“No final, tudo terminará bem!”

É o que [sempre] se diz

Eis o que [tanto] se ouve

Mas, oh! por que somente ... no final?

Por que não poderia ser ... agora?

 

E por que demora tanto chegar ... o “final”?

“Se” chegar, é claro!

Ainda tem isso!

 

 

Anseio ansioso (pleonasmo vicioso? talvez) o termo do qu’eu sofro

Neste tempo que me deseja o mal que agora padeço (e não vai embora)

E depois de fugir de meu tempo, nest’hora que infeliz sou eu, meu Deus:

No que abrigo o penar qu’eu passei (em minha memória)

Ao que, por isso, não permiti que de mim desse de todo o fora?!

 

Oh! Como em tal grau s’extende as horas do martírio!

Nesta minha pobre alma que nem dormir mais, pois, consegue

A esperar pel’alvorada que não chega

Para, finalmente, dizer com alegria:

"Ah, Que bom! A noite passou

As horas das trevas ... foram embora"

 

 

Mas, precisa mesmo se chegar [somente] no final?

Pergunto mais uma vez:

Por que não pode ser ... agora?

No que contemplarei o abrir das pétalas que [agora] fechadas insistem estar

 

19 de novembro de 2024

 

IMAGENS: FOTOS REGISTRADAS POR CELULAR

 

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FORMATAÇÃO SEM AS ILUSTRAÇÕES

 

AS ESCURAS HORAS DA VIDA

 

“Até que o sol não brilhe, acendamos uma vela na escuridão”

(Confúcio)

 

Sombrios tempos em que as pétalas não mais se abrem

A noite inicia ... e se prolonga, ao que parece não findar

Alvorada demorada ... (ou, quiçá, atrasada?)!

Tudo tão escuro ... (e tão vagaroso)!

Do atroz pesadelo a sacudir a mente

E, destarte, as luzes se ocultam ... e a lucidez se debanda

Quando, pois, chegará o epílogo de tod’essa estória?

 

“No final, tudo terminará bem!”

É o que [sempre] se diz

Eis o que [tanto] se ouve

Mas, oh! por que somente ... no final?

Por que não poderia ser ... agora?

 

E por que demora tanto chegar ... o “final”?

“Se” chegar, é claro!

Ainda tem isso!

 

Anseio ansioso (pleonasmo vicioso? talvez) o termo do qu’eu sofro

Neste tempo que me deseja o mal que agora padeço (e não vai embora)

E depois de fugir de meu tempo, nest’hora que infeliz sou eu, meu Deus:

No que abrigo o penar qu’eu passei (em minha memória)

Ao que, por isso, não permiti que de mim desse de todo o fora?!

 

Oh! Como em tal grau s’extende as horas do martírio!

Nesta minha pobre alma que nem dormir mais, pois, consegue

A esperar pel’alvorada que não chega

Para, finalmente, dizer com alegria:

"Ah, Que bom! A noite passou

As horas das trevas ... foram embora"

 

Mas, precisa mesmo se chegar [somente] no final?

Pergunto mais uma vez:

Por que não pode ser ... agora?

No que contemplarei o abrir das pétalas que [agora] fechadas insistem estar

 

19 de novembro de 2024

O Pincel e a Paleta
Enviado por O Pincel e a Paleta em 19/11/2024
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