DEPOIS DE CADA CURVA DA ESTRADA

 

Ah! O vento frio a bater no para-brisa embaciado do carro

Da palidez matutina a se desenhar nest’estrada (agora)

E aquela vontade de sempre seguir adiante ... sem parar

E sem lugar nenhum a querer se chegar

Quanta mística em cada curva (ou mesmo nas retas) ... até o entardecer do dia!

 

E nas sinuosidades do caminho ... continuamente um’ansiedade viva

Todavia, não perturbadora, nem a alma (de form'alguma) tortura

Mas, seria por mera curiosidade?

Seria, quiçá, por medo?

Não, absolutamente!

 

 

Na doçura a se tecer pelas expectativas do que não se sabe

não há maior prazer aqui

Contra tantos que prefeririam de antemão tudo saber

Mas, sendo sempre desta forma não haverá nenhuma graça (é fato)

Quais aqueles que abrem a última página d'um romance

N’avidez ou na pressa de se conhecer o final da estória

E então a matam, ... e a abortam antes de seu termo

Que pena!

 

E destarte, prefiro as curvas e as lombadas

A s'esconder de meus olhos (mais à frente) a beleza do que elas guardam

Pelo menos, eu acho mais vantajoso [ser] assim

 

Da névoa a se fazer nesta long’estrada a qual percorro

Embora não nela corro

Considerando que elas encobrem meus fracos olhos

E por isso não sei par’aonde me encaminho

E pouco me importa saber

A que sigo, pois, à deriva da vida

E sem titubear irei, quem sabe até o fim

Ah! Com certeza, melhor assim

Não há dúvida!

 

 

E o que haverá após cada curva do longo trajeto?

O que, pois, me espera?

Sei lá!

E para que se saber (por antecipação) o que a vida quer que eu aguarde?

Para estragar a surpresa?

Por temor do que à frente s'encontra?

 

Não, não me intimidarei ante o zigue-zague da rodovia

Prefiro esperar, ... até finalmente chegar!

Contudo, o tempo todo seguindo na estrada

Ainda que demore

Um dia, não mais nela estarei

Aí então, sei que chegou ... ao fim

 

 

18 de outubro de 2024

 

IMAGENS: FOTOS REGISTRADAS POR CELULAR

 

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FORMATAÇÃO SEM AS ILUSTRAÇÕES

 

DEPOIS DE CADA CURVA DA ESTRADA

 

Ah! O vento frio a bater no para-brisa embaciado do carro

Da palidez matutina a se desenhar nest’estrada (agora)

E aquela vontade de sempre seguir adiante ... sem parar

E sem lugar nenhum a querer se chegar

Quanta mística em cada curva (ou mesmo nas retas) ... até o entardecer do dia!

 

E nas sinuosidades do caminho ... continuamente um’ansiedade viva

Todavia, não perturbadora, nem a alma (de form'alguma) tortura

Mas, seria por mera curiosidade?

Seria, quiçá, por medo?

Não, absolutamente!

 

Na doçura a se tecer pelas expectativas do que não se sabe

não há maior prazer aqui

Contra tantos que prefeririam de antemão tudo saber

Mas, sendo sempre desta forma não haverá nenhuma graça (é fato)

Quais aqueles que abrem a última página d'um romance

N’avidez ou na pressa de se conhecer o final da estória

E então a matam, ... e a abortam antes de seu termo

Que pena!

 

E destarte, prefiro as curvas e as lombadas

A s'esconder de meus olhos (mais à frente) a beleza do que elas guardam

Pelo menos, eu acho mais vantajoso [ser] assim

 

Da névoa a se fazer nesta long’estrada a qual percorro

Embora não nela corro

Considerando que elas encobrem meus fracos olhos

E por isso não sei par’aonde me encaminho

E pouco me importa saber

A que sigo, pois, à deriva da vida

E sem titubear irei, quem sabe até o fim

Ah! Com certeza, melhor assim

Não há dúvida!

 

E o que haverá após cada curva do longo trajeto?

O que, pois, me espera?

Sei lá!

E para que se saber (por antecipação) o que a vida quer que eu aguarde?

Para estragar a surpresa?

Por temor do que à frente s'encontra?

 

Não, não me intimidarei ante o zigue-zague da rodovia

Prefiro esperar, ... até finalmente chegar!

Contudo, o tempo todo seguindo na estrada

Ainda que demore

Um dia, não mais nela estarei

Aí então, sei que chegou ... ao fim

 

18 de outubro de 2024

Estevan Hovadick
Enviado por Estevan Hovadick em 18/11/2024
Código do texto: T8199593
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