A LUA E AS ESTRELAS
E então surge ela
Tão exuberante e, por isso, tão bela
A elevar-se no horizonte dos vales, ... da serra, ... e do mar ...
E sempre ao longe
De seu brilho a que a terra [por ele] se enamora e inebria
E s'encanta ... ao enlevo de seus movimentos
(de sua luminosidade emprestada pelo sol)
A erguer-se diante de seus olhos ... da sofrida terra
No epílogo do dia que finalmente expirou
E assim, ei-la
A tão formosa e deslumbrante lua
Ah, a lua!
A que não precisa invejar as estrelas, ... suas irmãs
Jamais
E para quê?
Pelo fulgor que demonstram em seu brilho
Verdade, que um dia eis que também [elas] escurecerão
(Cada qual em seu tempo)
Onde não serão mais vistas ...
Até porque pela distância a que de nossos olhos se encontram
Oh, cintilantes estrelas ... e no tempo vívidas e refulgentes
Da graça que as mãos do tempo também haverá de as levar
E, portanto, se tornarão simples astros
A flutuarem no ilimitado e transparente espaço
Como todos os demais
E como a própria lua
E será que lua não foi, quem sabe, ... também uma estrela?
MORAL DA ESTÓRIA:
Ah, as estrelas da terra!
Não! De forma alguma!
Não há necessidade de ninguém as invejarem
Por tão fulgurantes que sejam ...
Também elas perderão o seu brilho
Fatalmente
Ah! Inexorável tempo ... que tudo consome e devora
E assim, nada fica ... para sempre
15 de novembro de 2024
IMAGENS: FOTOS REGISTRADAS POR CELULAR (em visita ao Deserto do Atacama)