A LUA E AS ESTRELAS

 

E então surge ela

Tão exuberante e, por isso, tão bela

A elevar-se no horizonte dos vales, ... da serra, ... e do mar ...

E sempre ao longe

De seu brilho a que a terra [por ele] se enamora e inebria

E s'encanta ... ao enlevo de seus movimentos

(de sua luminosidade emprestada pelo sol)

A erguer-se diante de seus olhos ... da sofrida terra

No epílogo do dia que finalmente expirou

E assim, ei-la

A tão formosa e deslumbrante lua

 

Ah, a lua!

A que não precisa invejar as estrelas, ... suas irmãs

Jamais

E para quê?

Pelo fulgor que demonstram em seu brilho

Verdade, que um dia eis que também [elas] escurecerão

(Cada qual em seu tempo)

Onde não serão mais vistas ...

Até porque pela distância a que de nossos olhos se encontram

 

Oh, cintilantes estrelas ... e no tempo vívidas e refulgentes

Da graça que as mãos do tempo também haverá de as levar

E, portanto, se tornarão simples astros

A flutuarem no ilimitado e transparente espaço

Como todos os demais

E como a própria lua

 

E será que lua não foi, quem sabe, ... também uma estrela?

 

1722753.jpg

 

MORAL DA ESTÓRIA:

 

Ah, as estrelas da terra!

Não! De forma alguma!

Não há necessidade de ninguém as invejarem

Por tão fulgurantes que sejam ...

Também elas perderão o seu brilho

Fatalmente

 

Ah! Inexorável tempo ... que tudo consome e devora

E assim, nada fica ... para sempre

 

15 de novembro de 2024

 

IMAGENS: FOTOS REGISTRADAS POR CELULAR (em visita ao Deserto do Atacama)

 

Estevan Hovadick
Enviado por Estevan Hovadick em 15/11/2024
Código do texto: T8197589
Classificação de conteúdo: seguro